Campanha quer angariar de fundos para apoiar saúde mental de pessoas deslocadas

12 de Outubro 2023

Na semana em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental, a Portugal com ACNUR (PACNUR) alerta para "as cicatrizes invisíveis carregadas por quem é forçado a fugir" e a importância do apoio psicossocial para refazerem as suas vidas.

A PACNUR acaba de lançar uma nova campanha de sensibilização e angariação de fundos onde procura alertar para a importância da promoção da saúde mental entre pessoas deslocadas.

“É urgente o investimento em programas de saúde mental e apoio psicossocial para as pessoas deslocadas e para as suas comunidades de acolhimento, para preservar a esperança e o potencial de gerações inteiras. Ignorar essa necessidade é comprometer o futuro de sociedades resilientes e mentalmente saudáveis”, reforça Joana Feliciano, Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR.

De acordo com Inna Chapko, uma psicóloga ucraniana que vive agora como refugiada na Polónia, “a maioria dos refugiados que passam por situações stressantes não pensa em pedir ajuda. Continuam a viver com a ‘mentalidade de sobrevivência’ que desenvolveram durante os tempos de crise, e as suas feridas só se aprofundam”.

A organização aponta que que 1 em cada 5 pessoas refugiadas sofram de problemas de saúde mental como angústia, ansiedade, depressão, psicose e perturbação bipolar. “Existem ainda casos mais complexos em que as pessoas deslocadas acabam por apresentar sintomas de stress pós-traumático ou risco de suicídio.”

Atendendo a esta realidade, o programa de apoio psicossocial do ACNUR já auxiliou mais de 472 mil pessoas deslocadas.

Para o ACNUR é crucial incluir a saúde mental e o apoio psicossocial no planeamento das respostas humanitárias e incentivar os Estados a integrarem os refugiados e as pessoas deslocadas nos serviços nacionais e nos sistemas de cuidados de saúde existentes.

PR/HN

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