A iniciativa desenvolvida pelo Centro Hospitalar Universitário de São João teve como foco as fraturas do fémur proximal no idoso.
De acordo com António Nogueira Sousa, “este é um problema de saúde pública a nível mundial com custos económicos e sociais elevadíssimos”.
As fraturas do fémur proximal estão, por outro lado, associadas “a uma morbilidade e uma mortalidade bastante significativa.”
“As pessoas não têm noção, mas um terço dos doentes morre no primeiro ano depois de fazer uma fratura. É por isso que algumas publicações internacionais sugerem que se estas pessoas forem operadas nas primeira 48 horas, esta taxa de mortalidade poderia diminuir significativamente”, realçou o especialista.
Segundo Nogueira Sousa, “os grandes hospitais, como o Hospital São João, não conseguem atingir os 80% dos doentes operados nas primeiras 48 horas que é o indicador de qualidade assistencial que está definido”.
Atendendo a esta realidade o projeto surge como uma solução, através de uma abordagem multidisciplinar onde são incluídas várias especialidades médicas.
Sobre o prémio, o galardoado garante: “Não desenvolvemos estes projetos a pensar no prémio… Pensamos é nos doentes. É esse o nosso principal objetivo, mas é claro que estamos muito agradecidos pelo reconhecimento do nosso projeto.”
“Este prémio, do nosso ponto de vista, deve ser utilizado para disseminar a nossa ideia e vermos replicado noutros hospitais”, concluiu.
O evento decorreu hoje no Centro de Congressos de Lisboa.
HN/Vaishaly Camões
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