Teresa Dias Mendes entrevistou, em exclusivo para o nosso jornal, o médico escritor Leonel Barbosa. A conversa trouxe a debate a forma como os livros podem promover o papel humanista dos médicos no cuidado dos seus doentes.
Leonel Barbosa tem 37 anos, nasceu em Braga, estudou na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e exerce no Hospital Amadora-Sintra. Leonel Barbosa é otorrinolaringologista e deixou a medicina privada para poder escrever.
Este ano venceu o prémio literário Natália Correia, com o livro de poesia Egoscopia ou a Mecânica Geral de Si Mesmo, e o prémio revelação literária da UCCLA, com o já citado Breviário de Medo e Malícia.
Na entrevista, o médico abortou, ainda, os problemas que afetam o Serviço Nacional de Saúde. Sobre o estado atual, Leonel Barbosa diz “nunca ter vivido a prosperidade que os mais velhos falam. É como a metáfora do sapo numa panela de água que vai aquecendo lentamente, ele nunca salta da água porque se vai adaptando à temperatura até que morre fervido. Se eu olhar para trás, desde 2011 até agora, foi um salto enorme de deterioração. As horas de trabalho, a burocracia, a escassez de recursos”.
Elogiando a veia reivindicativa da nova geração de médicos, fala de um momento crucial para o Serviço Nacional de Saúde. “Se não for agora, não vai ser nunca. Seremos todos transferidos para o privado e poucos ficarão num sistema nacional agonizante.”
Oiça a conversa completa Aqui.
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