Ministério da Saúde e Sindicatos Médicos não chegaram a acordo

4 de Novembro 2023

Ministério da Saúde reagendou uma nova reunião para dia 8 as 10h30 da manhã

A reunião entre o Ministério da Saúde e os sindicatos dos médicos terminou hoje sem acordo e as negociações serão retomadas quarta-feira, com uma nova proposta da tutela em que os sindicatos esperam ver refletidas aproximações do Governo.

Após várias horas de reunião o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) afirmaram que na contraproposta apresentada para hoje, o Ministério da Saúde não fez qualquer aproximação às reivindicações dos médicos e por isso não foi possível um acordo.

“As propostas que estiveram em cima da mesa hoje são exatamente as mesmas da semana anterior”, disse em declarações aos jornalistas a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá.

O ministro da Saúde propôs hoje aos sindicatos o aumento de 5,5% para 8,5% da atualização salarial dos médicos, uma contraproposta que diz aproximar-se das reivindicações sindicais se se considerar igualmente a redução do horário de trabalho.

“A proposta do Governo para o conjunto dos médicos é que o valor por hora, já a partir de janeiro, aumente 22,7% porque reduzindo o horário de trabalho aumenta o valor por hora e aumenta porque propusemos hoje uma atualização salarial de 8,5%”, indicou Manuel Pizarro.

O ministro da Saúde falava em declarações aos jornalistas, no final de mais uma reunião negocial com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam), que terminou sem acordo.

As negociações serão retomadas na quarta-feira e, nessa altura, o Ministério da Saúde vai entregar uma nova contraproposta em que estará contemplado o valor da atualização salarial que, até agora, se ficava pelos 5,5%.

A reivindicação dos sindicatos representativos dos médicos é, no entanto, de um aumento salarial de cerca de 30%, mas, no entender do ministro, a posição do Governo já não está tão distante e, no âmbito do regime de dedicação plena, o aumento poderá ser até superior.

“Os modelos de dedicação plena, a que todos os médicos poderão aderir livremente, são modelos que conduzem a um aumento salarial imediato de cerca de 35% e a transição de todas as Unidades de Saúde Familiar para modelo B vai fazer com que muitos médicos dos cuidados de saúde primários possam ver aumentada a sua remuneração em cerca de 60%”, explicou, defendendo a necessidade de “olhar para o conjunto de propostas”.

O Ministro considerou que o governo fez ” uma evolução muito significativa nas reuniões com os sindicatos e que este acordo tem que ser bom para os médicos, mas tem que garantir que as condições do Serviço Nacional de Saúde melhoram” referiu também que “este não pode ser um acordo que conduza  à eternização dos problemas que temos vindo a enfrentar”(…) “tem havido uma aproximação às condições dos sindicatos médicos mas temos verificado de facto muita dificuldade em fechar o acordo.”

O Ministro referiu ainda que “um dos temas que tem chamado muito a atenção é o horário de trabalho. O governo está disponível para considerar que o horário de trabalho dos médicos deixe de ser as 40 horas e passe a ser 35. O que nos divide nesta matéria é que essas 35 horas têm que ser de trabalho efetivo. O que acontece hoje com um horário de 40 horas é que há vários mecanismos que fazem com que o horário efetivamente cumprido seja inferior a 40 horas.” (…) “menos que isto inviabiliza a operação normal do Serviço Nacional de Saúde”

HN/LUSA/AL

1 Comment

  1. Ana Rosa Lima Loureiro de Amorim

    É Muito bom conhecer o assunto.

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights