O INTEC vai avaliar e monitorizar, em conjunto com as câmaras municipais da rede, 13 domínios que considera essenciais para a qualidade de vida dos cidadãos: educação; saúde; serviços públicos; cultura, lazer e desporto; mobilidade e transportes; segurança; turismo; urbanismo e habitação; bem-estar; ambiente; comunidade e participação cívica; emprego e economia.
Para avaliar estes domínios, o INTEC irá analisar um conjunto de componentes objetivas, incluindo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), para saber valores como o número de médicos, de professores ou de centros culturais no município avaliado, enquanto a nível subjetivo será feito um inquérito a uma percentagem da população para saber a satisfação da mesma com cada um dos domínios analisados.
“Quando olhamos para os dados que existem a nível das fontes ministeriais e do INE, aquilo que verificamos é que há muitos indicadores que são avaliados apenas a nível da região, e nós com esta rede queremos colocar na agenda a qualidade de vida local”, explica a presidente da INTEC, Patrícia Jardim da Palma, em declarações à agência Lusa.
A “Rede de Municípios com Qualidade de Vida” já conta com nove municípios – Lagoa, Famalicão, Pombal, Condeixa, Trofa, Vila Verde, Vila Nova de Gaia, Arronches e Velas – e o INTEC prevê que este número aumente até ao final do primeiro semestre do próximo ano, uma vez que existem concelhos ainda em processo de adesão à rede.
Patrícia Jardim da Palma acredita que “depois de começarem a ver a importância e o impacto da rede e da avaliação da qualidade de vida anual” mais câmaras municipais terão interesse em juntar-se.
Os municípios que se tornem parte da rede receberão um selo “Membro da Rede Municípios com Qualidade de Vida” e vão participar no “Fórum Anual de Práticas Municipais de Qualidade de Vida Local”, na qual haverá a partilha das boas práticas incorporadas nesse ano no município, dados que serão também divulgados ao público a nível local e nacional pelo INTEC.
“Nós queremos ter cada vez mais voz a nível nacional”, diz Patrícia Jardim da Palma.
“As nossas câmaras fazem imenso pelo território, a autonomia é muito grande, muito do que é feito ao nível dos municípios é pela própria câmara municipal, mas para isso o município tem de ter acesso aos indicadores do seu território e dos seus munícipes – é isso que nós pretendemos com esta rede, fazer pressão para termos cada vez mais informação a nível municipal”, explica.
O INTEC é conhecido por, desde 2008, publicar o estudo “Melhores Municípios para Viver”, que já analisava a qualidade de vida nos 308 municípios do país.
LUSA/HN
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