A epilepsia, uma doença crónica que se manifesta por crises epiléticas, afeta a área cognitiva, resultando em queixas relacionadas com a memória, e défice de atenção, e a área afetiva, com o aumento do sentimento de ansiedade e a depressão do humor.
Ao longo de uma hora e meia, os utentes participantes são desafiados a estimular a sua capacidade de atenção e memória, através dos exercícios propostos, promovendo as potencialidades expressivas, seja por meio da voz ou do corpo.
Desenvolver a criatividade e autoconhecimento são, também, o foco do projeto, que capacitam os participantes para o controlo da sua condição, e aprimoram a imaginação e a criatividade de forma significativa. Ao oferecer um espaço à expressão artística, o projeto permite que os utentes explorem as suas emoções de forma terapêutica, dotando-os de uma maior capacidade de enfrentar os desafios que a epilepsia pode apresentar, diariamente.
“O projeto promove, acima de tudo, a inclusão, a consciencialização e a autoexpressão, proporcionando um ambiente seguro e adaptado para que as pessoas com epilepsia possam explorar a arte cénica e desafiar estigmas”, refere Célia Machado, coordenadora do projeto e neurologista do Hospital de Braga.
A iniciativa compreende um conjunto de três workshops de teatro coordenados pela professora Sandra Ribeiro. A próxima sessão decorre no dia 18 de novembro, no anfiteatro 3 do Hospital de Braga.
PR/HN
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