“Quando saí do consultório com o diagnóstico de DPOC respirei de alívio, pensei que fosse pior. A ignorância no estado puro. Considerei que um diagnóstico de DPOC não era assim tão mau. Com o passar do tempo percebi que é mau (…) pode ser uma doença completamente incapacitante, (…) com algumas características um pouco assustadoras, uma delas é a falta de ar”, conta Isabel Saraiva, Presidente da Respira, Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas.
A DPOC é uma doença progressiva que se manifesta pela diminuição da capacidade respiratória, mas que pode ser prevenida e controlada. Está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos, como o tabaco, a poluição, substâncias químicas ou outros irritantes pulmonares. Em Portugal estima-se que a sua prevalência, a partir dos 40 anos, seja de 14,2%, com uma elevada proporção de subdiagnóstico.
Isabel Saraiva foi diagnosticada com DPOC aos 57 anos. Era uma fumadora militante, tendo chegado a fumar três maços por dia. O diagnóstico levou-a a deixar de fumar, mas sabe como é difícil. Como reforça, “o tabaco é uma adição”, por isso alerta para a necessidade de um maior acesso às consultas de cessação tabágica. Defende que é necessário informar a população para que esteja atenta aos sintomas, para que não os desvalorize, mas também atuar junto das autoridades de sáude, para que exista uma maior aposta na prevenção e na cessação tabágica.
O podcast Vidas, que conta, agora, com cinco episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias. Neste último episódio alerta para a importância de as pessoas estarem informadas e atentas aos sintomas da DPOC, para que seja possível intervir o mais rapidamente possível e evitar a progressão da doença.
Todas as vidas têm uma história. Conheça a história de Isabel Saraiva no Youtube ou no Spotify.
PR/HN
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