Em comunicado, onde reafirmou que a proposta do OE2024 apresentado pelo Governo socialista não dá respostas aos problemas do país e, sobretudo da região, a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP apelou à necessidade da maioria parlamentar acolher as suas propostas e não continuar a adiar soluções que são “justas aspirações” do Norte.
Por isso, em matéria de mobilidade e transportes, além da reabertura da linha Ferroviária do Tâmega, que ligava Amarante e Livração e cujo serviço foi suspenso em 2009, os comunistas apelaram ainda à reabertura da linha de Leixões a passageiros, que o Governo já traçou como objetivo para o próximo ano.
A construção do Itinerário Complementar 35 (IC35), destinado a assegurar a ligação rodoviária entre Penafiel e Sever do Vouga (IP5/A25), a eliminação das portagens nas ex-SCUT e a elaboração de um plano de desenvolvimento do Metro do Porto são outras das ambições do PCP nesta matéria.
Já no que diz respeito à saúde, os comunistas insistiram na necessidade de remodelar o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, e de construir o novo hospital da Póvoa de Varzim/Vila do Conde.
Na área da economia, o PCP/Porto propõe a reversão do processo de reprivatização da Efacec, que tem sede em Matosinhos e conta com 2.000 trabalhadores, por se tratar de “uma das mais importantes empresas do país e, especialmente, do distrito do Porto”.
O Estado vendeu a totalidade da Efacec (nacionalizada em 2020) ao fundo de investimento alemão Mutares, que injetará 15 milhões de euros em capital e dará garantias para empréstimos no valor de 60 milhões de euros.
Na vertente da Proteção Civil e Socorro, o partido apontou a necessidade de se remodelar o quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses face às exigências crescentes de formação e treino, de estacionamento perante o reforço do parque de viaturas e da “justa intenção” de construção de um espaço museológico.
“O PCP não apresenta propostas para preencher obrigações parlamentares. Fá-lo com a convicção de que, respondendo a problemas concretos das populações, são justas, necessárias e exequíveis”, concluiu.
LUSA/HN
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