Desde 08 de outubro, e pelo menos até ao final deste mês, não é possível realizar cirurgias de urgência naquela unidade hospital.
Devido à escusa dos médicos a mais horas extraordinárias, além das 150 previstas na lei, os recursos disponíveis têm sido concentrados no hospital de Bragança.
O município de Mirandela mostrou preocupação que este fecho passe a permanente: ”Estamos convictos que, se nada for feito, pode vir a acontecer. Para evitar que isso aconteça, vamo-nos mobilizar (…)”, disse hoje aos jornalistas a autarca local, Júlia Rodrigues.
A câmara considera que as explicações da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), que gere as unidades hospitalares da região, “não são satisfatórias”, apoiadas no “contexto nacional”.
“Tivemos a garantia de que até 30 de novembro ia estar encerrado e que abriria de novo, caso fossem ultrapassados os constrangimentos das greves. Optámos sempre por aguardar e verificar (…). Mas as garantias que nos dão para a reabertura não são reais”, disse a socialista Júlia Rodrigues.
Segundo a autarca, depois do período de poder acreditar que a reabertura do serviço seria uma realidade, agora é tempo de sair e demonstrar a importância da urgência para as populações de Mirandela e do sul do distrito.
Questionada pelos jornalistas sobre se considera que pode estar em causa a desclassificação da urgência médico-cirúrgica para básica, Júlia Rodrigues respondeu que “não pode estar”.
“A câmara municipal pediu a todos os mirandelenses para estar connosco, num abraço ao nosso hospital, para evitarmos mais encerramentos e que a partir de 30 de novembro voltemos a ter a urgência médico-cirúrgica aberta”, explicou.
A Lusa tentou contactar a ULSNE, mas sem resposta até ao momento.
A manifestação está marcada para as 16:00, junto à urgência do hospital de Mirandela, onde será feito um cordão humano.
LUSA/HN
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