A 14.ª edição do prémio promovido pela Fundação Manuel António da Mota distinguiu ontem, no Porto, instituições portuguesas que, sob o lema “Portugal Futuro”, se destacaram na luta contra a pobreza e exclusão social, acolhimento e integração de migrantes e refugiados, valorização do interior e coesão territorial, saúde, educação, emprego, apoio à família, inovação e empreendedorismo social, inclusão e transição digital e tecnológica e transição climática, revelou à Lusa o presidente do conselho executivo, Rui Pedroto.
A edição de 2023, segundo o responsável da fundação, recebeu “mais de 300 candidaturas, sendo que 10 foram finalistas, tendo sido apurados, pela primeira vez, três terceiros classificados”.
Anualmente, a fundação atribui ao primeiro prémio 50 mil euros, ao segundo 25 mil euros e ao terceiro 10 mil euros, disse, precisando que, para além destes, houve ainda cinco menções honrosas, que receberam, cada uma, cinco mil euros.
As menções honrosas foram para a Associação de Promoção e Defesa da Vida e da Família – Vida Norte, Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã, Centro Social e Cultural S. Pedro de Bairro, Mundo a Sorrir – Associação de Médicos Dentistas Solidários Portugueses e para Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, revelou a organização.
O segundo prémio foi para o Instituto para o Desenvolvimento e Inclusão Social, em Vila Nova de Gaia, pelo projeto “Jovens à obra” que “pretende capacitar jovens que não trabalham nem estudam numa oficina-escola, em que os jovens aprimoram as suas competências psicossociais e técnicas na área da pintura, carpintaria, eletricidade, entre outras, colocando-as depois ao serviço da comunidade”, anunciou o responsável da fundação.
Quanto ao terceiro prémio, foi distribuído por três associações: a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, de Lisboa, o Centro Social do Vale do Homem, em Vila Verde, e a Qualificar para Incluir, associação de solidariedade social do Porto.
A Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, foi premiada com base no projeto que “procura trabalhar o direito dessas pessoas à comunicação e que reclama um conjunto de cuidados”, destacou o responsável, enfatizando tratar-se de “uma doença que afeta em Portugal mais de mil pessoas”.
O Centro Social do Vale do Homem, em Vila Verde, no distrito de Braga, com o projeto “ponto de fuga”, “destinado a jovens com mais de 18 anos com doença mental grave e que procura através da arte estimular do ponto de vista sensorial, cognitivo e relacional essas pessoas, assim ajudando a melhorar o seu estado clínico”, foi também premiado com 10 mil euros, acrescentou.
Foi também distinguida a Qualificar para Incluir, que trabalha com jovens estudantes que chegam de contextos familiares desfavorecidos e que “com o seu projeto ‘Reviravolta, comunidade socioeducativa’ apoia jovens entre os 6 e os 18 anos, proporcionando-lhes bem-estar social, autoestima, empoderamento, integração social, resolução de conflitos, num percurso formativo positivo e qualificante”, explicou.
Criado em 2010, o prémio já distinguiu 130 projetos de instituições de todo o país, tendo atribuído, desde 2010, um valor total de 1,450 milhões de euros, lê-se na informação distribuída pela fundação.
LUSA/HN
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