De acordo com o Human Sciences Research Council (HSRC, na sigla em inglês), um instituto público de investigação sul-africano, que inquiriu 76 mil pessoas, a percentagem de sul-africanos portadores do VIH, que conduz à SIDA, diminuiu 1,3% de 2017 (data do anterior inquérito) para 2022, passando de 14% para 12,7% da população.
Segundo o estudo, em 2022, cerca de 7,8 milhões dos 62 milhões de habitantes da África do Sul eram portadores do vírus.
As razões para este declínio “são complexas”, referiu o diretor do HSRC e investigador principal do inquérito, Khangelani Zuma.
Apesar da diminuição do número de portadores do vírus em todas as províncias, o leste do país e, em particular, a região Zulu continuam a ser as mais afetadas.
A comunidade negra é também a mais contagiada, de acordo com o inquérito.
Zuma referiu ainda que “as pessoas estão a viver mais tempo com o VIH do que antes”, graças, em particular, à utilização crescente da terapia antirretroviral (TARV), que mudou radicalmente as perspetivas das pessoas com VIH/SIDA.
No entanto, só a África do Sul continua a ser responsável por um terço dos casos em Africa, com mais de 85.000 mortes anuais relacionadas com a SIDA nos últimos anos.
O estudo menciona preocupação com o elevado número de mulheres e jovens infetados e mostra que as novas infeções estão ligadas a um declínio na utilização de preservativos, um instrumento eficaz para evitar a propagação da SIDA, de acordo com os investigadores.
“Sabemos que os homens mais velhos estão a infetar mulheres mais novas”, afirmou o diretor para a África do Sul do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para a luta contra a SIDA, John Blandford.
Este plano investiu mais de 100 mil milhões de dólares (cerca de 91,5 mil milhões de euros) na luta contra a doença nos últimos 20 anos.
LUSA/HN
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