“Atendendo à centralidade de Viseu, o PSD de Viseu defende a relocalização deste meio aéreo para o distrito e desafia a que seja mobilizada a Força Aérea para acorrer às situações de emergência que venham a acontecer”, referiu a Comissão Política do PSD, em comunicado.
Dois dos quatro helicópteros de emergência médica ao serviço do INEM – os que operam a partir de Viseu e de Évora – deixaram de operar à noite na segunda-feira, uma situação que deve manter-se, no máximo, durante seis meses.
No entender do PSD de Viseu, trata-se de “um ato deliberado de prejudicar o distrito e a região”, e que demonstra a “incompetência do atual Governo”.
“A Comissão Política do PSD de Viseu entende haver motivos para entender esta decisão como danosa para o distrito, pois a centralidade de Viseu garante uma gestão de meios mais equilibrada e é mais eficaz na resposta de emergência às populações”, frisou.
Neste âmbito, questionou se “não seria mais correto relocalizar os dois helicópteros para Viseu e Évora ou Ponte de Sôr para garantir uma melhor dispersão geográfica dos mesmos”.
“Se o helicóptero de Macedo de Cavaleiros estiver empenhado numa missão que pode demorar horas, o resto do país fica dependente de uma aeronave que está no Algarve”.
Atendendo a que a situação poderá manter-se durante meio ano, o PSD interrogou também se, excecionalmente, “não poderia ser mobilizada a Força Aérea Portuguesa, com os helicópteros EH101, para acorrer aos casos em que os dois do INEM estejam ocupados”.
“A Comissão Política do PSD de Viseu não aceita que o Governo tenha sido tão irresponsável numa matéria tão sensível como a emergência médica e que até este momento ainda não tenha sido ultimado o procedimento para a contratação deste serviço”, sublinhou.
Na sua opinião, “não é aceitável que Viseu e a sua população sejam, mais uma vez, penalizados por um Governo que, nos últimos oito anos, tem assumido, sem contemplações, um ataque reiterado ao distrito, impedindo que investimentos essenciais na saúde sejam realizados”.
“Agora, e num ato que não tem classificação, retira ao distrito o helicóptero do INEM por meio ano”, lamentou.
No comunicado divulgado no dia 28 de dezembro, o INEM explicou que em Viseu e Évora, nos períodos noturnos, “as respetivas equipas médicas garantirão a operacionalidade de duas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER)”.
O INEM salientou que o dispositivo está 100% operacional no período diurno e explicou que o ajuste resulta de, numa consulta de mercado, o instituto só ter recebido duas respostas, uma delas com a solução que se vai implementar a partir de janeiro.
No dia seguinte, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), manifestou-se preocupado com o não funcionamento noturno do helicóptero do INEM na região, sobretudo numa altura em que a resposta do Serviço Nacional de Saúde nos hospitais está condicionada.
“Isto é uma prendinha de Ano Novo de que não estávamos à espera”, acrescentou Fernando Ruas.
LUSA/HN
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