Estas linhas de ação, caso vença as eleições legislativas de 10 de março e forme Governo, foram avançadas por Pedro Nuno Santos no discurso que encerrou o 24º Congresso Nacional do PS, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
“Pretendemos colocar à discussão e concretizar uma reforma das fontes de financiamento do sistema de segurança social, para que a sustentabilidade futura deste não dependa apenas das contribuições pagas sobre o trabalho.”, declarou, já depois de ter feito um aviso de caráter político.
“Quando formos Governo, não vamos pôr tudo em causa. Nós não andamos a brincar às reformas; não mudamos por mudar. Mas nas áreas que mais preocupam o nosso povo, precisamos de dar um sinal do que queremos fazer no futuro, em resposta aos seus problemas”, advertiu o líder socialista com o ainda primeiro-ministro, António Costa, sentado na primeira fila.
No caso do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Pedro Nuno Santos defendeu a recente a reforma que entrou em vigor, adiantando, porém, que “precisa de ser implementada e consolidada”.
“Precisamos de investir na valorização da carreira médica para termos profissionais de saúde motivados para trabalhar no SNS. Precisamos de investir na modernização dos equipamentos usados no SNS. E, sobretudo, precisamos de continuar a acreditar e a investir no SNS para que ele dê uma resposta de qualidade às necessidades dos portugueses, mas para que também dê novas respostas a necessidades de sempre dos portugueses”, declarou.
Referiu-se, em particular, à saúde oral, onde Portugal “apresenta sistematicamente maus resultados”.
“Sabemos bem que só conseguiremos superar esses maus resultados se a medicina dentária passar a ser uma realidade consistente no SNS. Iremos promover um programa de saúde oral que, de forma gradual e progressiva, garanta cuidados de saúde oral aos portugueses no SNS e, nesse esforço, será fundamental a criação de uma carreira de medicina dentária no SNS. Queremos que a saúde oral dos portugueses passe a ser uma preocupação do nosso Serviço Nacional de Saúde”, acentuou.
Depois, em relação à educação, Pedro Nuno Santos observou que é um dos setores “onde o envelhecimento é mais expressivo e em que é premente o reforço de docentes que permita responder às necessidades identificadas, no curto, médio e longo prazo”.
“Nós não fazemos como o último governo das direitas, que sem capacidade de planeamento, disse a professores para emigrar. Iremos aumentar os salários de entrada na carreira docente. Tornando, desta forma, e entre outras medidas, a profissão de professor mais atrativa. E também daremos maior equilíbrio à carreira, reduzindo as diferenças entre os primeiros e os últimos escalões”, acrescentou.
LUSA/HN
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