A requalificação do Centro de Saúde de Celas deveria ter acabado em 2022, mas o investimento acabou por se arrastar no tempo e também no valor, com a ARSC a sinalizar, no verão de 2023, que a obra passou de 2,3 milhões de euros para 3,2 milhões, prevendo, na altura, que a empreitada estivesse acabada no final desse ano.

No entanto, no final de 2023, a ARSC tomou posse administrativa da obra, após “sucessivos atrasos na execução” da empreitada, optando por resolver o contrato com o empreiteiro responsável pela obra, esclareceu fonte oficial daquela entidade, em resposta escrita enviada à agência Lusa.

O empreiteiro avançou com uma providência cautelar a contestar a decisão, referiu a mesma fonte, salientando, porém, que o processo para a conclusão daquela empreitada “está em curso, independentemente do desfecho judicial entre a ARSC e o empreiteiro”.

No âmbito da transferência de competências celebrado com a Câmara de Coimbra, as competências de gestão daquele centro de saúde foram descentralizadas para a autarquia, “incluindo a gestão e titularidade da obra em apreço, sem prejuízo das responsabilidades que a ARSC assegura no âmbito de processos pendentes”, esclareceu.

Segundo a mesma fonte da ARSC, a Câmara de Coimbra “está já a preparar o concurso para a obra em causa [a conclusão da requalificação], que será financiada com recurso a fundos comunitários do programa Portugal 2030”.

Fonte oficial da Câmara de Coimbra foi questionada sobre o assunto, tendo-se recusado a falar sobre o tema, por considerar “prematuro”, já que assumiu a transferência de competências na área da saúde “apenas há 15 dias”.

Outra unidade de saúde que sofreu vários atrasos em Coimbra foi o novo edifício do Centro de Saúde Fernão de Magalhães, também no centro da cidade.

Questionada pela Lusa, a ARSC referiu que as obras encontram-se “em fase de conclusão e que o seu término está previsto ocorrer até final de março de 2024”.

“Os atrasos que ainda se verificam em relação à data de abertura inicialmente prevista radicam, principalmente, na instalação e ensaios de equipamentos instalados em obra, a que acrescem as necessárias inspeções e licenciamentos a realizar e atribuir por diversas entidades”, acrescentou.

LUSA/HN