Infarmed: Rui Santos Ivo insiste na importância de um novo estatuto

15 de Janeiro 2024

O presidente do conselho diretivo da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED) defendeu esta segunda-feira um novo estatuto "com novos instrumentos de gestão". 

As declarações foram proferidas na sessão de comemoração do 31º Aniversário do INFARMED, decorrida esta amanhã no auditório da instituição.

Na sessão de abertura, Rui Santos Ivo começou por sublinhar o papel do Infarmed no acesso, qualidade e segurança dos medicamentos introduzidos no mercado.

“São três décadas de afirmação e sempre com foco no cidadão. A preocupação do Infarmed tem sido a confiança sobre os medicamentos e dispositivos médicos que utilizamos. Julgo que essa é a marca que nos tem distinguido ao longo destes 30 anos. É claro que sem nossos colaboradores, de grande qualidade, não teria sido possível chegar onde estamos”, disse em declarações ao HealthNews.

Questionado sobre os principais desafios que o Infarmed tem enfrentado, Rui Santos Ivo disse que estes centram-se em três áreas: a disponibilidade dos medicamentos, o acesso às terapêuticas inovadoras e a sustentabilidade financeira dos produtos que são introduzidos no mercado.

“Este foi um ano muito exigente. Trabalhámos fortemente nas áreas da disponibilidade e acesso aos medicamentos; na avaliação da sua monitorização, tanto no plano nacional, como europeu; no desenvolvimento de ensaios clínicos e na avaliação de tecnologias de saúde”, apontou.

Na sessão, o dirigente aproveitou a presença de alguns representantes políticos para pedir a revisão dos estatutos. “Conscientes do nosso papel na sociedade estamos empenhados na construção de ações e parcerias estratégicas que promovam o desenvolvimento científico em Portugal (…) Queremos continuar o caminho de afirmação e reconhecimento internacional. Mas este desejo não depende apenas do Infarmed. Para conseguir manter o prestígio da nossa instituição é indispensável revermos o seu estatuto com novos instrumentos de gestão”.

De acordo com Santos Ivo, “um novo estatuto é crucial neste momento”, pois para poder cumprir a missão do Infarmed é preciso “criar condições mais atrativas” para reter talento. “Sem isso vai ser muito difícil enfrentarmos os desafios que temos pela frente”, disse.

O responsável garantiu que neste momento está a ser construído o novo plano estratégico de 2024-2026, “onde refletiremos sobre o Infarmed de que o país precisa para continuar a reforçar a sua resposta, visando a proteção da saúde pública e a garantia de acesso a medicamentos e outras tecnologias de saúde.”

HN/Vaishaly Camões

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