A ULSAR integra o hospital Barreiro/Montijo, no distrito de Setúbal.
Em comunicado, a unidade explica que o novo modelo de organização com uma equipa médica fixa funciona em paralelo com uma equipa escalada dos serviços de medicina interna e pneumologia.
“Consideramos que a criação de uma equipa fixa de urgência é a resposta mais adequada às atuais necessidades do Serviço de Urgência Geral”, explica em comunicado o diretor da urgência geral da ULSAR, Vasco Firmino.
O diretor considera que esta mudança é justificada “pelas inúmeras vantagens que trará aos utentes e Instituição, tais como a melhoria do acompanhamento clínico do doente; diminuição da taxa de internamento; e o aumento da produtividade, baseada numa prática clínica uniforme e constante”.
O modelo de equipas fixas, segundo a ULSAR, apresenta benefícios diretos e indiretos para os profissionais de saúde de outros serviços hospitalares, como a redução do recurso a horas extraordinárias, com consequente diminuição da penosidade laboral.
Permite também maior tempo de trabalho dedicado aos doentes internados em enfermaria e maior disponibilidade para a atividade formativa dos médicos, com potencial impacto positivo na redução da demora média de internamento e na redução da despesa.
A Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho acrescenta em comunicado que o Serviço de Urgência Geral tem desenvolvido, nos últimos anos, um esforço no sentido da melhoria do acesso, da qualidade e da eficiência dos cuidados prestados, que se traduziu numa prestação de cuidados de saúde adequados a situações de urgência/emergência.
De acordo com dados da ULSAR, em 2022, o Serviço de Urgência Geral assistiu 75.017 utentes e obteve um cumprimento de 56,9% dos tempos de espera definidos na Triagem de Manchester e, em 2023, o número de utentes subiu para 81.782, com um cumprimento de 67,6% dos tempos de espera.
“Com este novo modelo, a ULSAR continuará a reforçar a resposta em cuidados de saúde urgentes e emergentes, sendo o Serviço de Urgência com maior número de atendimentos na Península de Setúbal”, acrescenta a unidade local.
Este modelo não é o mesmo do projeto-piloto de equipas dedicadas ao serviço de urgência que entra em vigor em fevereiro em cinco unidades locais de saúde, onde as equipas serão mais alargadas contando com médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e técnicos auxiliares de saúde que trabalhem em exclusivo no serviço de urgência.
Para isso serão atribuídas novas regras e incentivos aos centros de responsabilidade integrados com equipas dedicadas ao serviço de urgência (CRI-SU).
Numa primeira fase vão avançar cinco projetos-piloto nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santa Maria, São José, em Lisboa, de Coimbra, e São João e Santo António, no Porto.
LUSA/HN
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