Em comunicado de reação à revisão anual de preços dos medicamentos, na sequência da portaria hoje publicada em Diário da República a APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares congratula as mais recentes medidas de rever em alta o valor dos medicamentos com preços mais baixos em 3,5% pelo Ministério da Saúde.
A APOGEN, representada pela sua presidente, Maria do Carmo Neves, salienta que a atualização do preço dos medicamentos, em moldes semelhantes à revisão de 2023, “é um bom ponto de partida para colmatar a escassez de vários fármacos essenciais no mercado a curto prazo, já que existem várias apresentações, na maioria medicamentos genéricos, que têm margens negativas, consequência das quebras acentuadas de preço, nos últimos 20 anos, que tornam o mercado pouco atrativo e competitivo”.
A mesma associação da indústria farmacêutica reforça “o papel dos medicamentos genéricos e biossimilares na atual sustentabilidade financeira do SNS e das famílias, uma vez que estes fármacos mais custo-efetivos libertam recursos que são investidos no financiamento de novos cuidados de saúde, nomeadamente em novas tecnologias de saúde inovadoras, proporcionando um acesso mais equitativo, traduzido no círculo virtuoso da sustentabilidade”.
A responsável da APOGEN garante que a intenção da indústria de medicamentos genéricos e biossimilares é “continuar a promover a sustentabilidade e o acesso à saúde, com o lançamento de novos produtos”, mas acrescenta que “a manutenção das mais-valias destes fármacos para todo o setor está dependente das atuais condições de sustentabilidade dos fabricantes, que são impactados pelo aumento exponencial de custos de produção na conjuntura atual”.
Segundo APOGEN a “indústria de medicamentos genéricos e biossimilares é impactada, há vários anos, pelo aumento da inflação, dos custos de transporte (em mais de 500%), das matérias-primas (entre 50% a 160%), dos materiais de embalagem (entre os 20% e os 33%) e do preço da energia (entre 30% e 65%), devido a fatores geopolíticos internacionais, nomeadamente a pandemia, a Guerra na Ucrânia e agora a mais recente crise no Mar Vermelho”.
NR/HN
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