Este evento representa também as XXXVII Jornadas Galaico Durienses. Carla Damas (CHUSJ) e Daniela Ferreira (CHVNG/E) são, respetivamente, a presidente e a vice-presidente do congresso deste ano. As especialistas explicam que “a Medicina está a seguir o caminho da individualização do doente, a chamada Medicina personalizada, no entanto é importante reconhecer que o doente não é feito de um órgão isolado”. “Na doença respiratória a abordagem multidisciplinar é uma mais-valia, nomeadamente quando existem associações com outras patologias. Devemos encarar o doente de forma personalizada, mas é fundamental entendermos que o trabalho multidisciplinar é primordial”, acrescentam.
Foi precisamente nesse sentido que se construiu o programa do congresso, como explicam as médicas pneumologistas. Pensou-se “em todas as patologias inerentes à Pneumologia e na multidisciplinariedade que as envolve” de forma a construir “um programa que fizesse uma abordagem completa do doente, reconhecendo a necessidade do apoio de várias especialidades, no diagnóstico e no tratamento”.
Doenças neuromusculares, técnicas endoscópicas, asma, hipertensão pulmonar, patologia pleural, DPOC, pneumologia oncológica, doenças pulmonares difusas, patologia infecciosa e síndrome de apneia obstrutiva do sono são alguns dos temas que foram incluídos no programa e que serão debatidos por diversos painéis de especialistas.
Além disto, a comissão organizadora destaca ainda a existência de uma sessão com um tema institucional: “A saúde em Portugal no pós-pandemia”. Este momento vai contar, entre outros palestrantes – como os diretores dos serviços de Pneumologia do CHUSJ e do CHVNG/E –, com a intervenção de António Correia de Campos, antigo ministro da Saúde. “Este ano, a pandemia ficou para trás, mas as modificações que ela impôs perduraram no tempo. Isso levou-nos a considerar relevante a abordagem deste tema. Não se trata apenas de discutir o estado da saúde, mas sim de destacar o que foi alterado – não foram unicamente desafios, também surgiram oportunidades no pós-pandemia – e é importante trazer isso para a discussão”, elucidam Carla Damas e Daniela Ferreira.
No último dia, 9 de março, vão decorrer três cursos pós-congresso sobre os seguintes temas: ecografia torácica, cuidados paliativos respiratórios e infeções fúngicas. O curso sobre ecografia torácica foi reintroduzido devido ao sucesso obtido no ano anterior. A comissão organizadora comenta que a área dos cuidados paliativos, no âmbito da Pneumologia, “tem crescido significativamente, especialmente no que diz respeito às neoplasias pulmonares, expandindo-se para abranger todas as áreas da Pneumologia – desde doentes neuromusculares até aqueles com DPOC em estadios mais avançados”.
Pode consultar aqui o programa do evento.
PR/HN
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