Pedro Nuno mostra obra e espera inaugurar novo hospital do Alentejo em fevereiro de 2025

29 de Fevereiro 2024

O secretário-geral do PS afirmou esta quinta-feira esperar inaugurar o novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, enquanto primeiro-ministro, em fevereiro de 2025, obra de uma dimensão que considerou impossível de concretizar pelo setor privado da saúde.

António Costa, para as legislativas de 2022, visitou o início das obras deste hospital quando andou em campanha pelo distrito de Évora. Agora, o seu sucessor na liderança dos socialistas, Pedro Nuno Santos, voltou a colocar este ponto na sua agenda.

O objetivo, segundo o atual líder do PS, foi mostrar que há obra em curso por todo o país e que se verifica uma aposta por parte do poder socialista na melhoria dos cuidados de saúde, designadamente através da construção de novos hospitais.

De acordo com a presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, Filomena Ferreira Mendes, o novo hospital “vai ter a mão do primeiro-ministro, António Costa”.

“É uma obra do PS, a maior obra pública na área da saúde”, que, depois de trabalhos complementares, estará concluída em fevereiro de 2025, especificou, tendo então a ouvi-la Pedro Nuno Santos, o antigo ministro socialista Capoulas Santos e o eurodeputado do PS Carlos Zorrinho, entre outros responsáveis deste partido.

Pedro Nuno Santos falou a seguir aos jornalistas, dizendo que “é muito importante que os portugueses vejam o que se está a fazer um pouco por todo o país”.

“E é também muito importante que todos tenham a consciência de que este hospital nunca existiria se estivéssemos à espera do setor privado. Este hospital existe porque o Estado, o Governo, decidiu fazer. Nós queremos continuar a investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS), visando dar resposta às nossas populações”, declarou o secretário-geral do PS.

Depois, o líder socialista aproveitou para deixar uma mensagem de confiança de que vencerá as eleições legislativas: “A nossa convicção é a de que seremos nós a inaugurar este hospital, este e muitos outros”.

“Queremos continuar a fazer obras, que antes não eram feitas e que estão a avançar em muitos outros sítios. O pior que nos podia acontecer era travar esse avanço, que tem como objetivo um Estado social forte”, completou.

Depois, numa nova tentativa de traçar uma linha de demarcação face à AD (Aliança Democrática), Pedro Nuno Santos frisou que o PS recusa desviar recursos para o setor privado e que até aposta num alargamento do SNS à saúde oral e mental.

Interrogado sobre o peso de suceder a um primeiro-ministro com oito anos de exercício do cargo, voltou a dizer que “o passado faz parte da história e tem orgulho nele”.

“O PS, ao longo da sua história, vai sempre fazendo a mudança. Nós é que lideramos a mudança. Há um legado do qual temos orgulho, há coisas que não estão bem feitas, há coisas que deviam ter sido feitas e não foram, mas nós queremos fazer. Há trabalho a fazer no SNS, precisa-se de um novo impulso e de uma nova energia. Queremos continuar a avançar e não descapitalizar a desnatar o SNS”, completou.

Os jornalistas insistiram no tema de António Costa, o que levou Pedro Nuno Santos a assumir que “as pessoas são diferentes”.

“Mas somos do mesmo partido, temos uma visão solidária, de respeito mútuo e de sentido de comunidade. São esses valores que norteiam a nossa ação”, acrescentou.

Confrontado com o facto de o presidente do PSD, Luís Montenegro, o ter acusado de falta de ambição, o secretário-geral do PS dirigiu-se aos jornalistas e desabafou: “Depois, dizem-me que só falo dos meus adversário”.

“Ambição é querermos continuar a aumentar o salário mínimo e pretendermos rever em alta o acordo de rendimentos, que tem atualmente a meta de que o salário médio atinja os 1750 euros em 2027. Os nossos adversários querem atingir essa meta em 2030. Portanto, ambição é algo que temos nós”, apontou.

Perante os jornalistas, recusou-se a pronunciar-se sobre a taxa de indecisos na primeira semana de campanha para as legislativas de 10 de março, remetendo para os comentadores essa análise.

 “Queremos mobilizar o povo português, corrigir o que não está bem, mas continuarmos a avançar. Connosco não serão dados passos atrás. O alfa e ómega não são as sondagens. As sondagens são contraditórias”, insistiu.

Interrogado sobre a conclusão de projetos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Pedro Nuno Santos sustentou que, com um Governo do PS, “os prazos são cumpridos”.

“É evidente que nas obras há sempre imponderáveis, mas os socialistas fazem. Este novo hospital é um motivo de grande orgulho e um grande fator de desenvolvimento do Alentejo, através de um setor de ponta. Para nós, não há regiões de segunda. O Alentejo é uma região de primeira”, respondeu.

O novo Hospital Central do Alentejo, segundo o executivo, envolve em média 550 trabalhadores, tendo uma equipa técnica de 85 pessoas, e terá uma capacidade máxima de internamento de 612 doentes.

LUSA/HN

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