Projetos portugueses com financiamento europeu destacados em webinar da APDH

29 de Fevereiro 2024

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar realizou esta quarta-feira, em parceria com a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde e em colaboração com a FDC, o webinar “Projetos Hospitalares financiados pela UE”.

Na sessão, foi apresentado um programa da União Europeia que tem como objetivo financiar projetos de organizações de saúde, academias, instituições da sociedade civil e Organizações Não-Governamentais, cujo objetivo consista em promover uma UE mais saudável. O EU4Health Programme arrancou em 2021 e prolonga-se até 2027.

Em destaque estiveram dois projetos portugueses que foram objeto de financiamento: O “e-Hospital4Future” e o “eCAN – Strengthening eHealth for cancer patients”. As iniciativas foram apresentadas e comentadas por um painel de especialistas, entre os quais Ana Escoval, Vogal da Direção APDH; Inês Ferreira, National Focal Point para EU4Health Programme; Miguel Caetano, National Focal Point para EU4Health Programme; Ana Maria Madureira, Professora Coord. c/Agregação, Departamento Engenharia Informática – ISEP; Tatiana Pinheiro, Diretora da Direção de Inovação e Projetos, ULS de Santo António e Adelaide Belo, Unidade de Gestão do Acesso – Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Na abertura da sessão, Ana Escoval começou por sublinhar que a sessão teve como intuito convidar algumas personalidades da saúde, de modo a dar a conhecer as ferramentas que estão ao dispor das instituições para promover a saúde das populações.

A apresentação do EU4Health Programme 2021-2027 foi conduzida por Inês Ferreira e Miguel Caetano. No webinar, os especialistas explicaram que a Comissão Europeia lançou o programa com o intuito de promover uma União Europeia mais saudável, com foco especial em áreas como: Cancro; Preparação para situações de crise; Prevenção da doença e promoção da saúde; Sistemas de Saúde e Recursos Humanos em saúde e o Digital.

O programa deu asas a dois projetos portugueses objeto de financiamento. O primeiro foi o “e-Hospital4Future”, um projeto que realça as vantagens do desenvolvimento tecnológico na saúde. Na sessão, Ana Maria Madureira, professora coordenadora com agregação no departamento de engenharia informática do ISEP, afirmou que “a Inteligência Artificial nos sistemas hospitalares tem trazido valor acrescentado a vários níveis”.

A docente destacou que o “e-Hospital4Future”, que tem a duração de 24 meses e financiamento de quase três milhões de euros, tem como missão “a criação, disseminação e implementação de módulos de formação destinados a profissionais de saúde clínicos e não-clínicos, em ambiente hospitalar, assim como também visa contribuir para o processo de formação de profissionais de saúde, combinando módulos de competências sociais, técnicas e digitais.”

Ana Maria Madureira afirmou que se pretende que o projeto seja implementado não apenas em hospitais e instituições de saúde, como também em escolas e universidades.

Um outro projeto português que esteve em destaque foi o “eCAN – Strengthening eHealth for cancer patients”. Na sessão, Adelaide Belo, da Unidade de Gestão do Acesso, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), explicou que esta iniciativa tem como foco a telemedicina e a telemonitorização nas situações de cancro.

O eCAN tem como objetivo principal reduzir as desigualdades nos cuidados ao doente oncológico em toda a União Europeia. O projeto conta com a participação de 16 países e 35 organizações.

“Os objetivos específicos são: melhorar a resposta em caso de epidemia e em situações de crise, onde o isolamento dos doentes é um elemento fundamental; aumentar a comunicação entre os serviços oncológicos durante situações de emergência e crises sanitárias; melhorar os conhecimentos e a preparação dos profissionais dos cuidados oncológicos para a consulta virtual de doentes em zonas de difícil acesso; melhorar a partilha entre profissionais e permitir a cooperação transfonteiriça e a adoção de resultados”, sublinhou Adelaide Belo.

O projeto conta com um financiamento de quase quatro milhões de euros. A participação nacional será conduzida em parceria com a DGS, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e os IPO de Lisboa, Coimbra e Porto.

A sessão contou com a moderação de Marina Caldas.

HN/VC

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