Os profissionais do setor fizeram uma greve de duas horas, entre as 15:00 e as 17:00, por o seu recibo de vencimento não ter refletido a alteração e por não ter sido divulgada a lista com os nomes dos trabalhadores que passam a integrar a carreira de técnico auxiliar de saúde.
Segundo a responsável do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas Cristina Hipólito, o decreto foi publicado em 22 de dezembro do ano passado e a elaboração das listas nominativas de transição para a carreira especial deviam ter sido conhecidas até 15 de janeiro, o que não se verificou, referiu.
Cristina Hipólito lamentou, em declarações à agência Lusa, a situação “de incumprimento” e a ausência de qualquer resposta por parte do conselho de administração ao pedido de esclarecimento, quer dos trabalhadores, quer da estrutura sindical, relatou.
“Há prazos que não foram cumpridos”, salientou a sindicalista, que classificou a situação como “bizarra” e frisou que “não é normal” este procedimento.
De acordo com a dirigente sindical, existe um guia para a aplicação do decreto que obrigava a que fosse divulgado o nome dos trabalhadores “com a posição detida” e com a indicação da “posição remuneratória para que passam”.
“Alguma coisa está a empatar isto tudo, não sabemos o quê e os trabalhadores estão revoltados”, destacou Cristina Hipólito.
A sindicalista disse que na Unidade Local de Saúde (ULS) Cova da Beira estão cerca de 300 pessoas nesta situação.
Cristina Hipólito vincou que “a dignificação da profissão é uma luta de há muitos anos”, que passa pelo reconhecimento das tarefas específicas desempenhadas.
“A carreira de técnico auxiliar de saúde veio repor justiça pelas tarefas que os trabalhadores desempenham, que estão relacionadas com o contacto com os doentes, com os utentes, que são tarefas não só de higiene, como de alimentação, acompanhamento a exames e outras”, reforçou.
À função também corresponde uma atualização salarial, que depende da antiguidade do trabalhador e pode passar dos 861 euros para 922 euros ou de 922 euros para 961, exemplificou a representante sindical.
A sindicalista comentou não serem “grande diferenças”, mas argumentou que fazem diferença no final do mês e é devido.
Cristina Hipólito sustentou que “o decreto era claro, tinha prazos”, e censurou não ter obtido resposta da ULS Cova da Beira, nem ter qualquer indicação de quando a situação será regularizada.
A agência Lusa contactou a ULS Cova da Beira, mas não obteve os esclarecimentos solicitados.
LUSA/HN
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