“É um sentimento de um desafio ultrapassado, ou uma parte do caminho, porque neste caso existe ainda um percurso a fazer, e quando saltamos o obstáculo e passamos à frente olhamos para os outros que temos de tentar ultrapassar”, disse na segunda-feira em Abrantes (Santarém) o presidente do Conselho de Administração (CA) da ULS Médio Tejo.
Para Casimiro Ramos, “não há missões cumpridas, a missão está sempre em curso”, tendo apontado outros investimentos projetados para este ano, numa altura que o modelo de gestão agregada de cuidados hospitalares e de cuidados de saúde primários em ULS assinala três meses “positivos” e “em linha” com o programado.
“Estamos satisfeitos com aquilo que estava programado estar a ser concretizado. Os 22 projetos de intervenção clínica estão a ser ultimados pelos profissionais e dentro em breve começaremos, de acordo com o cronograma, a implementá-los no terreno”, indicou.
O responsável referiu que “algumas coisas já são minimamente visíveis, nomeadamente em termos de articulação de alguns serviços, em procedimentos e em sistemas informáticos”.
Para o gestor da ULS Médio Tejo, “o mais relevante é que, quer dos profissionais das unidades hospitalares quer dos cuidados de saúde primários, há um grande entusiasmo em fazer vencer este modelo e isso”, vincou, é “fundamental para que as coisas funcionem”.
A obra de expansão e requalificação da Urgência Médico-Cirúrgica de Abrantes foi ontem formalmente consignada, num investimento de 3,6 milhões de euros (ME), tendo a empreitada começado de imediato com a instalação do estaleiro.
Segundo a ULS, esta obra “marca o início de um novo capítulo na diferenciação da estrutura assistencial” à população.
Os trabalhos vão decorrer ao longo de 13 meses, em três fases, “para reorganizar e modernizar o espaço da Urgência, dotando-a de melhores condições para os utentes e para os profissionais de saúde”, indicou a instituição, com a intervenção a abranger 1.954 metros quadrados – aumentando em mais de 700 metros quadrados a atual área de assistência médica.
A primeira etapa dos trabalhos vai decorrer exclusivamente no local onde estava localizada a antiga Consulta Externa, que se encontra desativada, ”não causando quaisquer constrangimentos aos utentes e aos profissionais”, indicou ainda a ULS, tendo apontado como objetivo executar cada uma das fases da empreitada “com o mínimo constrangimento possível”.
Questionado pela Lusa sobre os projetos de investimento a realizar em infraestruturas nas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, alguns dos quais “interligados” com os cuidados de saúde primários, Casimiro Ramos indicou a pintura dos hospitais de Tomar (em 2024) e de Torres Novas (em 2025), num investimento na ordem dos “800 a 900 mil euros para os respetivos revestimentos”, a modernização do bloco operatório de Tomar para “intervenções ao nível de cirurgia do cancro da mama, mas também de cirurgia de ambulatório”, a par de um “laboratório de nível 03 de Patologia Clínica”, também em Tomar.
No hospital de Abrantes, vai ser também remodelado o bloco operatório, num investimento previsto de 400 mil euros, indicou
A ULS Médio Tejo, constituída pelo Hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, e por 35 Unidades Funcionais de Cuidados de Saúde Primários, iniciou atividade em 01 de janeiro de 2024, dando resposta direta a cerca de 170 mil utentes dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei.
LUSA/HN
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