Hospitalização domiciliária no Médio Tejo atende centenas de utentes e reduz pressão no internamento

24 de Abril 2024

Mais de 800 utentes da Unidade Local de Saúde (ULS) Médio Tejo (Santarém) beneficiaram nos últimos cinco anos de cuidados de saúde em casa, com a hospitalização domiciliária a reduzir a pressão em internamento, anunciou hoje a ULS.

Em comunicado, a ULS Médio Tejo, que presta cuidados de saúde primários e hospitalares em 10 municípios do distrito de Santarém e um concelho do distrito de Castelo Branco, indica que desde a criação da Unidade de Hospitalização Domiciliária, há cinco anos, “foram desviados 15.763 dias de internamento dos três hospitais do Médio Tejo para a Hospitalização Domiciliária”.

Também ao longo desse período foram “atendidos 804 doentes nas suas residências” e “a equipa de profissionais percorreu 325.588 quilómetros para prestar assistência” aos doentes, acrescenta a ULS na nota de balanço do 5.º aniversário da UHD.

Constituída por médicos, enfermeiros e assistentes sociais, as equipas da UHD percorrem os concelhos da região durante todos os dias do ano “com medicação, meios de diagnóstico e elementos do ficha e processo clínico dos doentes” e levam consigo “resultados de análises, medem parâmetros vitais, ouvem queixas, falam com o cuidador, ajustam medicação, se necessário, e deixam conselhos”, além de determinarem baixas e altas médicas, lê-se na nota.

Atualmente, é ainda indicado, a ULS Médio Tejo tem “seis camas de internamento domiciliário, às quais a equipa de Hospitalização Domiciliária leva cuidados de saúde “porta a porta”.

A ULS Médio Tejo destaca também a figura do cuidador informal neste modelo, que considera como essencial, já que “garante o apoio e comunicação permanente” com os profissionais de saúde.

Segundo a ULS Médio Tejo, o ano de 2023 marcou uma nova fase de expansão da UHD, com a “reforma administrativa de criação das ULS” e consequente “cooperação com os cuidados de saúde primários”, tendo sido “internados em regime de hospitalização domiciliária doentes a pedido de profissionais de medicina geral e familiar”.

Também durante o ano passado, acrescenta, a Hospitalização Domiciliária “expandiu-se para a comunidade, através da realização de protocolos e parcerias entre a ULS Médio Tejo e entidades locais do terceiro setor, para o estabelecimento de canais de comunicação e sinalização direta de doentes”, estando “projetado o alargamento destes protocolos de cooperação a outras estruturas de apoio a idosos em 2024”.

Assim, em 2023 foram admitidos a internamento domiciliário um total de 178 doentes, tendo a ULS registado um “aumento das referenciações de doentes dos distintos serviços e especialidades hospitalares”, nomeadamente das especialidades de Cardiologia, Pneumologia, Nefrologia, Serviço de Medicina Intensiva e Cuidados Paliativos.

Citado na nota, o presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo salienta que “a hospitalização domiciliária é um compromisso […] com a qualidade de vida dos utentes, com a humanização da prestação dos cuidados de saúde e com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”.

“A região do Médio Tejo tem um registo de sucesso nestes últimos cinco anos e vai continuar a investir na expansão e aprimoramento deste modelo que tantos benefícios traz à comunidade e aos utentes”, acrescenta.

LUSA/HN

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