O galardão distingue um percurso de investigação dedicado ao domínio alargado da Mecânica e muito particularmente à área da Biomecânica Computacional “tópico em que tenho concentrado o meu trabalho nestes anos”, refere o investigador, reconhecendo que o impacto deste prémio “será essencialmente a nível da motivação para continuar”.
“O meu trabalho ao longo dos últimos anos, e que está na origem deste prémio, foca-se na caracterização de tecidos biológicos, os casos do osso ou da cartilagem, e no desenvolvimento de dispositivos médicos, de que são exemplo as próteses ou outros implantes”, explica, salientando o contributo dos métodos computacionais “para se chegar mais rápido e de forma mais eficiente a soluções otimizadas, de acordo com as propriedades mecânicas dos tecidos afetados e das características de cada paciente”.
Engenheiro biomédico formado pela Universidade do Minho, onde realizou também doutoramento, com colaborações com as universidades de Aveiro e Tecnológica de Eindhoven, nos Países Baixos, André Castro rumou depois para o Reino Unido, como investigador pós-doutorado na Universidade de Sheffield.
Atualmente é professor adjunto na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), integrando o Departamento de Engenharia Mecânica e desempenhando também as funções de coordenador da licenciatura em Engenharia Mecânica. Paralelamente, é investigador integrado do Instituto de Engenharia Mecânica (IDMEC), do Instituto Superior Técnico (IST-UL), membro do Laboratório Associado de Energia, Transportes e Aeronáutica (LAETA) e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Biomecânica.
O prémio, que distingue investigadores na área da Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional com idade até aos 40 anos, será entregue durante o próximo Congresso de Métodos Numéricos em Engenharia, que decorre em Aveiro, de 4 a 6 de setembro, numa organização da APMTAC.
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