Luís Montenegro anunciou este calendário no debate quinzenal, na Assembleia da República, em resposta ao presidente do Chega, André Ventura, que antes acusara o líder do executivo de “muita conversa” e nenhuma medida para o setor da saúde.
O primeiro-ministro respondeu então que o líder do Chega “só vai ter de esperar duas semanas” para conhecer o plano de emergência que será apresentado pelo Governo.
“No máximo, dentro de duas semanas, o país vai conhecer o programa de emergência que temos para a saúde. Vai ter incidências na recuperação dos tempos de espera para cirurgias, em particular as mais problemáticas – por exemplo, as oncológicas. Vai ter foco especial na obstetrícia e um plano de resposta de medicina familiar para cerca de 1,5 milhões de portugueses sem médico de família”, especificou.
Luís Montenegro, no entanto, advertiu que o programa será de emergência e “não a transformação estrutural que o Governo tenciona fazer na saúde” até ao final da legislatura, libertando-a de complexos de ordem ideológica.
Na reação às críticas do líder do Chega a uma alegada paralisia na saúde, o primeiro-ministro também comentou, usando a ironia, que “só quem confia muito no Governo pode esperar que em 30 dias apresentasse um programa de emergência transversal – um programa que não foi levado a cabo em 3050 dias” pelo anterior executivo socialista.
“O senhor deputado André Ventura está mais uma vez mais socialista do que os socialistas. Tem para com o Governo uma atitude muito difícil de compreender”, acrescentou.
LUSA/HN
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