Unidade de Saúde de Coimbra descentraliza gestão para melhorar as respostas

17 de Maio 2024

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra vai descentralizar a gestão através da criação de comunidades de saúde com o objetivo de melhorar as respostas aos utentes, anunciou hoje o organismo.

“Esta é uma estratégia que permite ganhar escala para o desenvolvimento de planos intermunicipais de saúde e respostas em proximidade, incluindo a oferta de serviços diferenciados, articulação com os parceiros locais comunitários e a criação de melhores condições para atração e retenção de profissionais de saúde”, informou.

Em comunicado, a ULS adiantou que a instituição das comunidades de saúde permite “uma gestão mais próxima e proativa” e assegura também “melhores condições de trabalho às equipas”.

O conselho de administração da Unidade Local de Saúde, presidido pelo professor universitário Alexandre Lourenço, decidiu criar seis comunidades intermunicipais: A (Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande), B (Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua), C (Cantanhede, Mira e Mealhada, Mortágua e Penacova), D (Coimbra), E (Condeixa-a-Nova, Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Vila Nova de Poiares) e F (Pampilhosa da Serra).

Cada uma é gerida por um conselho clínico e de saúde, órgão de gestão intermédia, constituído por um máximo de quatro elementos, ao qual cabe “assegurar a governação clínica e de saúde da sua comunidade de saúde, salvaguardando as competências de cada um dos seus membros, de forma concertada, articulada e participada por todas as unidades funcionais”, segundo o comunicado.

“A ULS de Coimbra tem uma extensa cobertura geográfica, agregando realidades bastante distintas em termos de características demográficas e socioeconómicas e de necessidades em saúde”, explicou Alexandre Lourenço.

Face a esta realidade, “o desenvolvimento do plano estratégico e de governação da ULS prevê a criação de comunidades de saúde intermunicipais”, referiu, citado na nota, para indicar que o modelo “vai permitir uma agilidade operacional e autonomia de governação ímpares”.

As comunidades de saúde possibilitam desenvolver “projetos de saúde coerentes e de proximidade, sustentados num modelo de governação clínica autónomo e com competências operacionais próprias”, disse, por sua vez, a diretora clínica da ULS para os Cuidados de Saúde Primários, Almerinda Rodrigues.

LUSA/HN

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