“À data de hoje, e assumindo que se trata de uma estimativa preliminar que naturalmente será detalhada pelo grupo de trabalho criado para este fim, o valor identificado que permite ao HDES assumir os serviços prestados à comunidade é de 24 milhões e 306 mil euros para o ano de 2024”, disse Mónica Seidi.
A governante falava no parlamento regional, na Horta, na ilha do Faial, no segundo dia do debate sobre o Plano e Orçamento do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para 2024.
“Reitero que este é um valor preliminar, que diz respeito a despesas relacionadas com reparações e despesas de funcionamento”, sublinhou a titular da pasta da Saúde na sua intervenção.
Mónica Seidi frisou que é necessário proceder à reparação do HDES “para que, mesmo com limitações, seja possível parte do seu funcionamento”.
Segundo a governante, não é “de descurar a possibilidade de se encontrarem soluções transitórias que permitam, o quanto antes, o regresso de valências que se encontram fora do perímetro do hospital, nomeadamente as áreas dedicadas à urgência, que funcionam atualmente na CUF”, unidade privada localizada no concelho vizinho da Lagoa.
A secretária regional defendeu que “o futuro passa, de forma inequívoca, por ter um hospital novo, renovado e modernizado, com uma projeção de futuro que dê resposta aos desafios não só dos micaelenses, mas de todos os açorianos nos próximos 20 a 30 anos”.
O HDES, na ilha de São Miguel, sofreu um incêndio no dia 04 de maio, que o deixou sem atividade e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para outras unidades de saúde dos Açores, da Madeira e do continente.
Os utentes que fazem hemodiálise e foram transferidos para a Madeira regressam hoje ao hospital de Ponta Delgada e os que se encontram no Faial e Terceira regressarão no domingo e na segunda-feira, de acordo com o executivo.
No dia 13, o HDES iniciou tratamentos a alguns doentes das áreas de Oncologia e Hemato-oncologia.
O incêndio na maior unidade de saúde do arquipélago deflagrou pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11.
O fogo, em investigação, terá tido origem num quadro elétrico, que, segundo a administração, tinha as vistorias em dia.
Na terça-feira, o presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, anunciou que o Governo da República assumiu a comparticipação de 85% dos custos com a reabilitação do equipamento.
NR/HN/Lusa
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