Os objetivos da sessão foram claros: evidenciar a relevância do rastreio nutricional hospitalar, fornecendo orientações práticas sobre como realizá-lo e destacando as implicações que esse procedimento deve ter. Além da identificação precoce, Ricardo Marinho enfatizou a necessidade de orientar os doentes de forma a melhorar seu estado nutricional durante o internamento.

Pontos-chave destacados pelo palestrante incluíram a alta prevalência de risco nutricional em ambientes hospitalares, especialmente em enfermarias de Medicina Interna, e as consequências significativas desse risco para os desfechos clínicos dos doentes. Doentes em risco nutricional têm um tempo médio de internamento duplicado e uma taxa de mortalidade até três vezes maior, sublinhando a importância de abordar essa questão de forma multidisciplinar.

Para o palestrante, o Congresso Nacional de Medicina Interna é “uma oportunidade única de convívio e reflexão, onde os profissionais de saúde podem partilhar conhecimentos e práticas para melhorar os cuidados prestados aos doentes”. Além disso, destaca a importância do networking para promover colaborações entre diversos centros e impulsionar a Medicina Interna para o futuro.

“O programa abrangente montado pela comissão científica e pelos núcleos de estudos da sociedade promoveu um ambiente propício para a troca de ideias e o avanço da prática clínica. O congresso foi, sem dúvida, um enorme sucesso, reforçando o compromisso da comunidade médica com a excelência no cuidado ao paciente”, concluiu.

Miguel Múrias Mauritti