09/05/2023
A DPOC é uma doença sistémica muito prevalente, heterogénea e tratável. O diagnóstico tardio, o uso inadequado de dispositivos inaladores, a ausência de um plano de cuidados formal e conciliado, as dificuldades de acesso à reabilitação respiratória ou a cuidados paliativos de qualidade são alguns dos obstáculos no acesso das pessoas ao tratamento indicado.
“Este roteiro de cuidados pretende proporcionar aos leitores um guia de bolso, de consulta rápida, orientador do tratamento da DPOC nas suas diferentes fases”, explicou Pedro Leuschner, coordenador do NEDResp e editor do guia.
Acrescentou, ainda, que “este roteiro de cuidados é ainda mais pertinente no presente contexto de rápida evolução do conhecimento e de complexidade do plano assistencial”.
No prefácio, escrito por Àlvar Agusti, do Instituto Respiratório, Hospital Clinic, Universidade de Barcelona, fica percetível que o perfil do doente com DPOC se tem vindo a alterar ao longo dos anos. “Atualmente, a DPOC ocorre tanto em homens como em mulheres, nem sempre se caracteriza pela perda acelerada da função pulmonar e, cada vez mais, existem doentes jovens”, pode ler-se.
Além de ser um guia, este roteiro pretende também sensibilizar e capacitar os internistas para o tratamento das doenças respiratórias.
PR/HN/RA
07/05/2023
Este ano dão o seu contributo Rita Noversa, Alexandra Esteves, Teresa Brito e Patrício Aguiar.
“Este é um curso que me parece pertinente para os internos de Medicina Interna que desejam manter-se atualizados com os últimos avanços no campo e explorar caminhos diversos para o crescimento pessoal e profissional”, começou por dizer Alexandra Esteves, que abordou as oportunidades a que os jovens internistas podem ter acesso num hospital distrital.
“Como recém especialista, o CNMI permite uma oportunidade valiosa para estabelecer contactos com colegas e ganhar exposição a novas ideias e abordagens na área, permitindo explorar novas na Medicina Interna e continuar a crescer como profissional de saúde neste campo dinâmico e emocionante”, explicou.
Em concordância, Rita Noversa é da opinião de que nos encontramos “perante uma encruzilhada que opõe a perceção Osleriana da especialidade vs. (ou add-on?) a crescente subespecialização. Em qualquer das vertentes, a Medicina Interna diferencia-se das restantes especialidades pela distinta forma de pensar, integradora e holística. Contudo, a rápida expansão do conhecimento, das técnicas e dos tratamentos para as diversas pluripatologias com que diariamente lidamos e aprendemos, impulsiona uma constante evolução e é do nosso maior interesse acompanharmos a inovação científico-tecnológica e usá-la em proveito dos nossos doentes. Serão aqui fulcrais os jovens internistas, como simultaneamente alunos e professores, para delinear o caminho que permitirá à Medicina Interna manter a sua relevância no futuro”.
Além disso, acrescentou que “a cada vez maior exigência imposta, não só pelas crescentes expectativas e pressões externas, como também pelo aumento exponencial dos doentes mais idosos e multimórbidos, é difícil de satisfazer, mas o caminho passará, inevitavelmente, por explorar e promover esta visão da Medicina Interna como uma especialidade adaptável e centrada no paciente”. “Quem melhor para o fazer do que os que começam agora a traçar o seu caminho?”, concluiu.
Também Teresa Brito revelou que “este tema é de extrema importância para todos aqueles que se encontram na minha fase de formação, a terminar a especialidade em Medicina Interna. A nossa especialidade é desafiante, seja pela importância da melhor abordagem de várias patologias, pela necessidade de estudo e atualização permanente e também pelo tipo de atividade clínica, que engloba o internamento, o serviço de urgência e a consulta externa/ambulatório”.
“Este é um momento de discussão muito produtivo e com partilha de experiências variadas. Sendo a especialidade de Medicina Interna um pilar fundamental no funcionamento das instituições de saúde, o futuro da especialidade depende muito dos novos médicos que se estão a formar nesta área”, finalizou.
Patrício Aguiar, na sua intervenção, explicou que num momento em que a Medicina Interna atravessa diversos desafios, entre os quais a ultra-especialização da Medicina, as exigências associadas ao envelhecimento populacional, o florescimento das ferramentas de “machine learning” na execução de tarefas ou de inteligência artificial no auxílio ao diagnóstico, uma tendência a uma visão urgenciocêntrica do Sistema Nacional de Saúde, de que não se podem dissociar problemas relevantes como o esgotamento associado ao período pós-pandémico imediato e a escassez de recursos humanos, é essencial uma sessão dedicada ao jovem internista.
“É essencial a modernização e redefinição da Medicina Interna, reafirmando o seu papel central e fulcral na organização hospitalar, pelo que é necessário refletir e discutir sobre as inúmeras e complexas competências que o médico de Medicina Interna necessita de adquirir, por exemplo, no âmbito do raciocínio clínico, na gestão de doentes complexos que apresentem agudização da sua situação clínica, na Medicina de emergência e em comunicação, ética e profissionalismo. Mas não esquecendo as excelentes e diversificadas oportunidades oferecidas pela especialidade de Medicina Interna, não só na atividade assistencial pré e hospitalar, bem como na investigação clínica e como área fulcral e central na educação médica clínica”, justificou.
“Esta será uma ótima oportunidade de reencontros pessoais, mas também com a própria especialidade e as suas oportunidades, não só na atualização de importantes temáticas e competências, mas também no restabelecer de networking profissional, investigacional e pedagógico”, terminou o especialista.
PR/HN/29CNMI
23/01/2023
Com este curso, “os formandos vão poder identificar e aplicar corretamente os principais procedimentos de análise descritiva de dados, determinar e aplicar a aplicação em situação real de testes de correlação, testes de comparação de proporções e testes de comparação de grupos, conhecer e aplicar testes T de Student para uma amostra, amostras independentes e amostras emparelhadas & teste ANOVA, conhecer os principais tipos de procedimentos de regressão – linear, logística e Cox e aplicar em contexto prático a regressão linear simples e múltipla”, explica o comunicado de imprensa.
Médicos Especialistas e Internos de Formação Específica em Medicina Interna e outras especialidades são bem-vindos neste curso que tem como objetivo central “abordar os princípios básicos dos principais testes estatísticos aplicados às Ciências da Saúde”, podendo efetuar aqui a sua inscrição.
PR/HN/RA
08/10/2022
O programa desta formação incide no maior órgão do corpo humano: a pele, esclarecendo o impacto das doenças sistémicas que inevitavelmente se traduzem em alterações cutâneas.
“Apesar de todos estarmos cientes da sua importância, os conhecimentos da comunidade médica sobre lesões cutâneas são por vezes incompletos, frágeis e fragmentados, despoletando dúvidas ao nível diagnóstico e tratamento”, lê-se no comunicado de imprensa.
“Por isso mesmo”, continua, “o Curso Abordagem de Lesões Cutâneas apresenta como principais objetivos a sistematização da abordagem das lesões cutâneas; a identificação dos padrões de reconhecimento que permitem iniciar tratamentos de primeira linha de doenças com envolvimento cutâneo, bem como dos doentes com necessidade de acompanhamento conjunto com a Dermatologia”.
Andreia Vilas-Boas, coordenadora do curso, adianta que este “pretende desmistificar crenças, equívocos e dúvidas no que diz respeito à interpretação de lesões da pele e contribuir para uma abordagem sistematizada e mais esclarecida das manifestações cutâneas de doença”.
A formação destina-se a internos e especialistas de Medicina Interna, podendo ser alargada a médicos de outras especialidades e internos do ano comum.
Mais informações AQUI
PR/HN/RA
06/08/2022
Médicos internistas vão reunir-se para discutir e refletir sobre os principais desafios que Portugal enfrenta no tratamento das doenças do fígado.
“As jornadas do NEDF procuraram sempre ser abrangentes, focando os temas mais prementes, e por vezes controversos, da atualidade. Todos as palestras foram criteriosamente selecionadas com este objetivo”, antecipa Paulo Carrola, coordenador do NEDF.
Doenças raras em hepatologia, doenças autoimunes, doenças víricas, encefalopatia hepática, cuidados paliativos e radiologia de intervenção em hepatologia são alguns dos temas em destaque.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos das Doenças do Fígado, Paulo Carrola, “o acesso e tratamento das doenças do fígado no nosso país está ainda muito aquém do desejado e é muito assimétrico”.
“Se por um lado temos Unidades Hospitalares em que a perceção, sensibilidade e organização para as doenças do fígado está já a um bom nível, existem muitas outras em que, infelizmente, ainda não foram atingidos esses objetivos. Este problema tem constituído uma preocupação do NEDF e ultrapassá-lo é um desígnio para os próximos anos”, alerta o médico internista.
Mais informações disponíveis AQUI.
PR/HN/RA