De acordo com o relatório e contas do ano passado, hoje divulgado, o resultado líquido do exercício cresceu de 16,493 milhões de euros em 2022 para 34,525 milhões em 2023 e a faturação passou de 995,79 milhões para perto de 1.007 milhões de euros.
Já o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) aumentou 24%, para 89 milhões de euros.
Citado num comunicado, o presidente do grupo afirma que “2023 foi um ano positivo para o grupo RAR, com os principais negócios a registarem uma boa evolução apesar da volatilidade dos mercados”.
“Os sinais de baixa da inflação e a adivinhada descida das taxas de juro virão, com certeza, aliviar o ambiente económico e permitir abraçar com mais confiança novos investimentos” e a entrada em novas áreas, acrescenta Nuno Macedo Silva.
Analisando o desempenho das várias empresas do grupo, verifica-se que a Colep Consumer Products Portugal – focada nas categorias de cosmética, cuidado pessoal, higiene do lar e farmacêuticos de venda livre – aumentou a faturação de 259,5 milhões de euros em 2022 para 306,2 milhões de euros em 2023.
“Uma gestão eficaz dos custos operacionais e um ‘mix’ de produtos mais favorável permitiram que o EBITDA subisse de 27,2 milhões de euros em 2022 para 41,4 milhões de euros no ano passado”, detalha o comunicado.
Adicionalmente, “a aposta na inovação de produto e a reestruturação do ‘footprint’ industrial – deixando de operar no Brasil, reduzindo significativamente a sua base industrial na Alemanha e concentrando a atividade na Polónia, Portugal e México” – permitiram à Colepe Consumer Products Portugal “evoluir ao nível da rendibilidade”.
Já a Colep Packaging Portugal, um ‘player’ europeu na indústria de embalagens, viu o volume de negócios cair de 148,8 para 128 milhões de euros entre 2022 e 2023, “fortemente influenciado pela redução do consumo nos segmentos em que opera”.
A empresa registou um EBITDA de 25 milhões de euros, mas o grupo RAR ressalva que este valor “não é diretamente comparável com os 38,1 milhões de euros de 2022, devido a diversos proveitos não recorrentes registados no ano anterior”.
Quanto à Vitacress (que atua no mercado dos produtos frescos, com foco em saladas ‘prontas a comer’ e ervas aromáticas frescas no Reino Unido, Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica e Alemanha) apresentou vendas de 200 milhões de euros em 2023, face a 182,6 milhões de euros em 2022, e um EBITDA de 6,9 milhões de euros, contra 1,9 milhões de euros no ano anterior.
Segundo a RAR, “o forte desempenho da operação em Portugal e do segmento de ervas aromáticas no Reino Unido e Países Baixos explicam a melhoria dos resultados operacionais”, não estando ainda “devidamente refletida nas contas anuais” a melhoria de desempenho operacional resultante dos investimentos de aumento de capacidade concluídos pela Vitacress Salads em Inglaterra.
Quanto à RAR Açúcar, desde 1962 dedicada à refinação e comercialização de açúcar, atingiu em 2023 “um patamar de rendibilidade sem paralelo nos últimos anos”, beneficiando de “uma conjuntura de mercado bastante favorável” e do “foco total na melhoria da eficiência e no reforço da competitividade”.
As vendas aumentaram para 128,8 milhões de euros, contra 104,9 milhões de euros em 2022, e o EBITDA aumentou para 14,9 milhões de euros, face a 1,9 milhões de euros em 2022.
No que se refere à Acembex – empresa de comércio internacional de matérias-primas para a indústria agroalimentar – movimentou em 2023 cerca de 800 mil toneladas, uma quota de 19% (22% em 2022) de um mercado de cerca de quatro milhões de toneladas.
As suas vendas recuaram para 239,3 milhões de euros (269,2 milhões de euros em 2022) e o EBITDA subiu ligeiramente para 1,2 milhões de euros (1,1 milhões no ano anterior).
Já a RAR Imobiliária, com atividade direcionada para o segmento alto do mercado habitacional, apresentou em 2023 um volume de negócios de 12,2 milhões de euros (18,5 milhões em 2022) e um EBITDA de 2,7 milhões de euros (3,9 milhões em 2022).
O grupo RAR integra um portefólio de negócios que vai das áreas de embalagem, bens de consumo, alimentar, imobiliária e serviços, empregando um total de 3.650 colaboradores e tendo presença em Portugal, Alemanha, Espanha, México, Países Baixos, Polónia e Reino Unido.
LUSA/HN
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