“A mãe é a única cuidadora das duas filhas e teria que se ausentar de casa quatro a cinco dias – longe das filhas – para estar aqui [em Portugal]. Como única cuidadora não considera que seja pertinente algo que possa fazer sem prejuízo das crianças”, afirmou Wilson Bicalho.
De acordo com o advogado, a audição por videoconferência ficou definida hoje depois de ter sido feita uma solicitação à comissão parlamentar de inquérito.
A audição à mãe das crianças está agenda sexta-feira às 14:00.
Em 06 de junho, a mãe chegou a admitir vir a Portugal para prestar declarações, renunciando à possibilidade de testemunhar à distância por viver no Brasil.
“Sim, é possível. Apesar da prerrogativa de poder fazer de uma forma remota por não residir em Portugal, estou a averiguar com a mãe a disponibilidade financeira e de agenda para que vá pessoalmente a Portugal prestar os depoimentos”, disse Wilson Bicalho, na ocasião.
Na segunda-feira, o presidente da comissão de inquérito, Rui Paulo Sousa, disse aos jornalistas que a audição da mãe das gémeas seria “em princípio por videoconferência”.
Em relação ao pai, não está agendada, uma vez que o parlamento ainda não teve resposta, referiu o também deputado do Chega.
As audições da comissão de inquérito sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com um medicamento que tem um custo de dois milhões de euros por pessoa, arrancaram segunda-feira, com o depoimento do ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales.
O presidente da comissão indicou também que os trabalhos vão decorrer até 26 de julho, sendo suspensos durante o mês de agosto, e retomam no dia 10 de setembro.
LUSA/HN
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