A presidente da autarquia, Fátima Fernandes, disse, citada em comunicado, estar muito apreensiva com a mudança em curso que pode trazer a Montalegre “um enorme problema numa área vital para os cidadãos – a saúde”.
É que, justificou, cinco dos sete médicos da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Montalegre podem “dar entrada com o pedido de reforma”, o que, a acontecer, poderá originar um “problema de falta de cobertura de médico de família no município”.
“Estamos perante uma questão complexa que abrande todo o país, principalmente os concelhos do Interior, que o Governo central não está a conseguir solucionar, o que obriga os municípios a agir por forma a garantir os interesses dos seus concidadãos, uma vez que o problema se relaciona com as motivações que influenciam a escolha do local de trabalho dos jovens profissionais médicos”, afirmou Fátima Fernandes.
Assim, para garantir os cuidados de saúde primários aos cidadãos, o município anunciou a criação de um pacote de incentivos para atrair e fixar médicos.
E especificou que as medidas planeadas incluem habitação disponibilizada pela autarquia, com pagamento das despesas com o consumo de energia, água e Internet, um incentivo mensal e entrada gratuita em todos os serviços e equipamentos municipais, nomeadamente piscina, ginásio e museus.
O pacote agora anunciado terá a duração de três anos, podendo ser prolongado e indexado à constituição e manutenção de uma Unidade de Saúde Familiar (USF), modelo B, um modelo organizacional dos cuidados de saúde primários.
O anúncio foi feito após uma reunião entre o município, a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro, a equipa regional de apoio e acompanhamento da Administração Regional de Saúde (ARS) Norte e médicos especialistas em medicina geral e familiar do centro de Saúde de Montalegre, durante a qual foram analisadas condições para a fixação destes profissionais no concelho.
LUSA/HN
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