Emergência médica em maio no Inatel do Luso foi causada por um vírus

23 de Junho 2024

A emergência médica alegadamente causada por uma intoxicação alimentar, em 24 de maio, num hotel da Fundação Inatel, no Luso, Mealhada, e que levou à hospitalização de nove pessoas, deveu-se afinal a um vírus, esclareceu a instituição.

“Após uma minuciosa investigação – cujos exames foram agora disponibilizados – conduzida pela Delegada de Saúde da ULS Coimbra e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), os resultados das análises às amostras alimentares e da água foram negativos para qualquer contaminação. Em outras palavras, a situação infeliz que afetou nove hóspedes de um grupo de 47 pessoas foi causada por um vírus e não por contaminação alimentar”, disse a fundação Inatel, em comunicado enviado à agência Lusa.

Na nota, a Fundação afirmou ter acompanhado “atentamente o estado de saúde dos clientes hospitalizados, mesmo tratando-se de um quadro clínico leve, e esteve disponível para prestar todo o auxílio necessário para uma boa recuperação”.

“Todos receberam alta no dia seguinte e estão bem de saúde”, frisou.

Garantiu ainda que todas as suas 17 unidades hoteleiras “seguem os mais altos padrões de segurança alimentar, sendo regularmente monitorizadas por entidades independentes”.

“Este controlo é realizado por meio de inspeções, auditorias e consultoria aos alimentos servidos aos nossos clientes”, destacou, no comunicado, a fundação.

Na noite de 24 de maio, fontes da GNR de Aveiro e do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra indicaram que nove pessoas tinham sido hospitalizadas, depois de um alerta para intoxicação alimentar na referida unidade hoteleira.

Seguindo as mesmas fontes, o alerta foi dado pelas 21:00, depois do jantar, e 18 pessoas apresentaram sintomas, nove das quais foram hospitalizadas, tendo todas as vítimas sido consideradas feridos leves.

A situação levou, na altura, a uma operação de socorro que envolveu 29 operacionais, apoiados por 16 viaturas dos bombeiros, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e GNR.

NR/HN/Lusa

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