Médicos e Tecnologia: Uma Aliança Promissora em Discussão na Fundação Champalimaud

15 de Julho 2024

Por ocasião do Artificial Intelligence Appreciation Day, a Fundação Champalimaud será o palco da conferência MEDICA AI, a realizar-se amanhã, das 9:00 às 20:30.

Este evento, organizado pelo Digital Surgery Lab da Fundação Champalimaud, liderado pelo cirurgião Pedro Gouveia, foca-se em familiarizar profissionais de saúde com as mais avançadas ferramentas de inteligência artificial (IA) e explorar as suas aplicações práticas na medicina.

A conferência visa reduzir o fosso entre as inovações tecnológicas e sua aplicação na prática clínica. Gouveia destaca a necessidade de eventos assim, pois “os tecnologistas falam sempre da democratização das ferramentas de IA, mas essa mensagem não chega como deveria ao setor da saúde devido à sua regulação específica e às graves consequências que erros podem causar à saúde humana.”

Na conferência, destacam-se cerca de 20 oradores convidados, predominantemente profissionais de saúde, que abordarão projetos de IA já em curso na Fundação Champalimaud e em outras instituições de saúde. De manhã, a agenda incluirá apresentações de projetos locais como “The Warehouse”, uma iniciativa de terapias digitais; o “Bloco Operatório do Futuro”; e o projeto “Cinderella”, voltado para a escolha informada de procedimentos estéticos por pacientes com cancro da mama. À tarde, startups e especialistas internacionais, como Dillon Obika da Google Health, compartilharão estudos de caso e projetos em diversas fases de maturação.

Miguel Melo, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, discutirá a inovação na monitorização contínua de pacientes diabéticos através da IA, e João Eurico Fonseca, da Universidade de Lisboa, apresentará o MedTech NEXT, focado na digitalização do ensino da medicina.

O evento enfatiza a educação entre pares, conforme explica João Santinha, especialista em IA aplicada às imagens médicas: ver exemplos concretos de colegas que já incorporam IA na prática clínica pode desmistificar a tecnologia e promover a sua adoção. Tiago Marques, neurocientista do Digital Surgery Lab, destaca que as aplicações de IA são projetadas para aumentar a eficácia dos médicos, não para substituí-los, reiterando que o objetivo final é melhorar os cuidados de saúde e a qualidade de vida dos doentes.

NR/HN/PR

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