ERS: entraves à vacinação de viajantes são ilegais

26 de Julho 2024

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) emitiu ontem um alerta de supervisão, reforçando a importância do acesso à vacinação para viajantes nos Centros de Vacinação Internacional do Serviço Nacional de Saúde (SNS)

Este alerta surge na sequência de denúncias de utentes que, mesmo portadores de prescrições médicas válidas, enfrentaram recusas na administração das vacinas contra a Febre Amarela e Febre Tifoide, devido à não realização da Consulta do Viajante.

A ERS enfatiza que a única condição legal exigível para a vacinação é a apresentação de uma prescrição médica válida, independentemente da entidade que a emitiu, e o pagamento da taxa sanitária correspondente. A imposição de requisitos adicionais, como a realização de uma prévia Consulta do Viajante, é considerada ilegal e contrária ao quadro normativo vigente.

Além disso, a ERS reitera que a recusa na vacinação de utentes com prescrição médica não só contraria a legislação, mas também afeta o direito dos cidadãos à proteção da saúde. Este direito abrange o acesso à promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da saúde, conforme estabelecido na Lei de Bases da Saúde.

Os Centros de Vacinação Internacional são alertados para garantir que a vacinação seja administrada de acordo com as normas atuais, evitando práticas que possam prejudicar o acesso à saúde dos utentes.

A ERS avisa que a recusa infundada de vacinação pode resultar em penalizações, com coimas que variam entre 1.500,00 EUR e 44.891,81 EUR, no caso de pessoas coletivas.

Com este alerta, a ERS busca assegurar que todos os cidadãos tenham acesso às vacinas necessárias para garantir sua saúde e segurança durante as viagens, promovendo uma gestão eficaz do Programa Nacional de Vacinação.

NR//Healthnews

 

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