A iniciativa, organizada pela Novo Nordisk e pela C40 Cities, visa identificar e apoiar ideias inovadoras que contribuam para tornar as cidades mais saudáveis, verdes e sustentáveis.
O projeto-piloto, intitulado “Lisbon: City of Public Health 2025”, é coordenado por Carolina Santos, com a colaboração das investigadoras Ana Gama, Sónia Dias, Susana Viegas e Isabel Andrade, que constituem a equipa de investigação portuguesa. O objetivo central é transformar Lisboa numa referência mundial em saúde pública até 2025. A iniciativa prevê a revitalização do campus da ENSP, criando um espaço acessível e seguro onde a comunidade possa interagir com a natureza e participar em atividades de promoção da saúde física e mental.
Entre as propostas, destaca-se a criação de uma biblioteca ao ar livre e colaborativa, e de um circuito de lazer que incentivará a prática de exercício físico e promoverá uma mobilidade mais sustentável. Estas infraestruturas visam não só melhorar o bem-estar dos utilizadores, como também fomentar a economia circular e fortalecer o sentido de comunidade.
Os autores do projeto reconhecem que Lisboa enfrenta desafios significativos em termos de saúde pública, nomeadamente na prevenção de doenças crónicas como a obesidade e a diabetes, e na promoção da saúde mental. Com este projeto, esperam contribuir para a redução das desigualdades sociais em saúde e modernizar as infraestruturas de saúde da cidade, alinhando-se com as tendências globais para a construção de cidades mais saudáveis e sustentáveis.
Paula Barriga, Diretora Geral da Novo Nordisk em Portugal, expressou o seu orgulho ao ver um projeto português entre os finalistas: “É um orgulho constatar, pelo terceiro ano consecutivo, que o dinamismo e a competitividade destes projetos merece o reconhecimento internacional”. Jo Jewell, diretor do Cities for Better Health, referiu estar “muito impressionado com a qualidade das propostas recebidas, de todo o mundo” e deixou uma mensagem de agradecimento “a todos os que se candidataram e que acreditam que uma boa ideia pode melhorar a saúde das pessoas que vivem nas cidades”.
Sónia Dias, diretora da ENSP NOVA, salientou a importância do envolvimento da academia com a sociedade: “A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa tem gerado muita evidência na área da promoção da saúde e da prevenção da doença, sendo uma referência em múltiplos projetos e cursos nesta área. Acreditamos que o papel da academia deve ser, cada vez mais, de abertura à sociedade e de envolvimento e transformação das e com as comunidades. Com o Lisbon: City of Public Health 2025 queremos liderar pelo exemplo e transformar os jardins do nosso campus num lugar aberto a todos, de verdadeira promoção e implementação de políticas de saúde inovadoras e positivas”.
Os três projetos vencedores do Healthy Cities Challenge serão anunciados em outubro e receberão uma bolsa de 100.000 dólares (cerca de 92.000 euros) para apoiar a implementação das suas ideias. Lisboa faz parte da rede Cities for Better Health desde 2019, uma parceria público-privada que reúne mais de 45 cidades a nível global, promovendo o acesso equitativo a oportunidades de vida saudável no espaço urbano.
NR/PR/HN
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