Rik Peeperkorn, representante da OMS, afirmou por teleconferência a partir de Gaza: “Temos um acordo e esperamos que todas as partes o cumpram. As equipas estão prontas para avançar”.
A primeira fase da campanha terá início este sábado e durará três dias consecutivos, começando no centro da Faixa de Gaza e seguindo depois para o sul e para o norte, com a possibilidade de um dia adicional nas zonas que não puderam ser cobertas. As pausas humanitárias terão uma duração de oito horas por dia, não representando um cessar-fogo.
Serão criados 392 postos de vacinação fixos e 300 postos móveis, envolvendo 2.180 profissionais de saúde e agentes comunitários formados, para os quais a OMS pediu total segurança. Gaza recebeu 1,26 milhões de doses de vacina oral e equipamento para assegurar a cadeia de frio, com o objetivo de imunizar 640.000 crianças com menos de 10 anos e atingir uma cobertura de 90% para travar o atual surto de poliomielite.
Em 16 de agosto, foi confirmado o primeiro caso de poliomielite em Gaza em 25 anos, num bebé de dez meses não vacinado, cuja vida está agora em perigo devido à paralisia.
Peeperkorn lamentou os entraves à capacidade da OMS de transportar fornecimentos vitais para os hospitais ainda em funcionamento no enclave palestiniano, referindo que apenas duas de seis missões foram aprovadas por Israel na última semana.
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa que afeta principalmente crianças pequenas, atacando o sistema nervoso e podendo levar à paralisia e, em alguns casos, à morte. A OMS apela a todas as partes envolvidas no conflito para que permitam a realização desta campanha de vacinação crucial.
NR/HN/Lusa
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