De acordo com um estudo realizado por investigadores da Universidade de Oulu, a taxa de mortalidade entre crianças e adolescentes com menos de 16 anos na Finlândia diminuiu 50% entre 2005 e 2020.
Um total de 3.685 crianças com menos de 16 anos faleceram na Finlândia entre 2005 e 2020. Entre os falecidos, verificou-se um número ligeiramente superior de rapazes em relação às raparigas. A maioria das mortes ocorreu em crianças com menos de 1 ano de idade.
As causas de morte mais comuns diferiram entre as crianças com menos e mais de 1 ano. Entre os bebés, as principais causas de morte foram a prematuridade, malformações congénitas e síndrome da morte súbita infantil (SMSI). Para as crianças com mais de 1 ano, as causas mais comuns estavam relacionadas com fatores externos, como acidentes de trânsito e outros ferimentos, bem como cancros.
O estudo utilizou dados do Sistema de Informação da População da Agência de Serviços de Dados Digitais e População e estatísticas de mortalidade do Statistics Finland.
A mortalidade infantil diminuiu significativamente na Finlândia desde o século XX. Embora a Finlândia já se encontre entre os países com taxas de mortalidade infantil muito baixas, o estudo indica que continuam a ser feitas melhorias.
“A mortalidade infantil e juvenil pode ser considerada um importante indicador da qualidade e eficácia dos cuidados de saúde, e é encorajador ver que ainda estão a ocorrer desenvolvimentos positivos”, afirma Riikka Sallinen, autora principal do estudo da Universidade de Oulu.
De acordo com os investigadores, os resultados sugerem que os avanços nos cuidados clínicos, na investigação e nas decisões políticas de saúde podem continuar a reduzir a mortalidade infantil. No entanto, ainda é necessária mais informação, por exemplo, sobre os fatores de risco associados à mortalidade.
A nível global, a mortalidade infantil continua a ser um problema significativo, embora tenha havido um declínio notável nas mortes de crianças nas últimas décadas. Uma grande proporção de mortes de crianças e adolescentes ainda poderia ser evitada, lembram os investigadores.
Referências: Sallinen RH, Honkila M, Pokka T, Paalanne N, Halt K, Renko M, et al. A Finnish nationwide register-based study shows a further 50% decline in already low child mortality. Acta Paediatr. 2024; 00: 1–8. https://doi.org/10.1111/apa.17390.
NR/HN/Alphagalileo
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