Em conferência de imprensa no espaço da IL em Lisboa, Rui Rocha disse que o partido quer confrontar o executivo PSD/CDS-PP “com os sucessivos planos apresentados, os falhanços de muitos desses planos, o agravamento de muitas das áreas dos serviços, das políticas e dos processos públicos”.
Rocha fez uma avaliação bastante negativa da governação da Aliança Democrática, seis meses após as eleições legislativas de março, nomeadamente na área da saúde e da educação, no dia em que o ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu que o novo ano letivo vai arrancar com “milhares de alunos sem aulas”.
Os liberais também querem uma justiça mais célere e consideram que o executivo nada fez nesta matéria desde que tomou posse.
Na área da habitação, Rui Rocha avisou que muitas das medidas do plano intitulado Construir Portugal “estão em atraso”, o que demonstra “mais um falhanço” do Governo e lamentou que mesmo quando algumas políticas são aprovadas, os sistemas de acesso não funcionem, dando como exemplo o acesso à plataforma do programa Porta 65 recentemente alargado, ou a devolução de propinas.
O limite total da despesa para 2025 definido pelo Governo vai aumentar 19,3%, para 425,9 mil milhões de euros, segundo o quadro plurianual das despesas públicas, remetido hoje pelo executivo ao parlamento, dado que Rui Rocha classificou como “chocante”.
“O número de funcionários públicos não para de crescer e, ao mesmo tempo, com o crescimento de funcionários públicos, com o crescimento da despesa, continuam a faltar professores, continuam a faltar médicos nas urgências, e os serviços degradam-se. Portanto, há aqui alguma coisa que não funcionava no tempo dos governos de António Costa, nós fomos os primeiros a alertar que havia uma degradação muito clara dos serviços públicos, e há alguma coisa que ou continua a não funcionar, ou se degradou, com o governo da AD”, sustentou.
O presidente da IL alertou que “as coisas não vão correr bem, nem para o Governo, mas, mais essencial e mais fundamental, não vão correr bem para os portugueses, que precisam que o Estado lhes preste serviços públicos de qualidade e eficientes”.
NR/HN/Lusa
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