A paralisação será acompanhada por uma concentração em frente ao Hospital S. João, no Porto, entre as 09h e as 12h.
Esta ação de protesto poderá afetar significativamente a realização de diversos exames complementares de diagnóstico, incluindo análises clínicas, ecografias e raios X. Além disso, atividades nas áreas terapêuticas, como as realizadas nas farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional, também poderão ser afetadas. O impacto desta greve estender-se-á além do diagnóstico, podendo afetar cirurgias programadas. Durante o período de greve, apenas os serviços mínimos serão assegurados para atender às urgências.
Os profissionais TSDT protestam contra o que descrevem como “violações consecutivas e prolongadas dos direitos e garantias, legais e convencionais” dos trabalhadores integrados nas carreiras, tanto nos regimes público como privado. As suas reivindicações incluem:
Regularização urgente dos termos de transição e reposicionamento remuneratório nas carreiras dos TSDT.
Correta aplicação da Circular conjunta da ACSS e DGTF de 2 de novembro de 2023.
Reconhecimento da aplicação do sistema de avaliação de desempenho dos TSDT, com atribuição de 1,5 pontos por ano e devida transição de índice remuneratório ao acumular 10 pontos, independentemente do vínculo contratual.
Pagamento das diferenças remuneratórias devidas pela obstrução do direito de passagem às 35 horas de trabalho semanal para os trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho.
Correta comunicação de pontos a todos os TSDT até à presente data, independentemente do vínculo contratual.
Cumprimento do disposto no art. 156º, nº 9, da lei 35/2014, de 20.06, que determina a retroação dos efeitos de progressão remuneratória.
Remuneração adequada dos profissionais TSDT com funções de coordenação que se encontram no topo da carreira.
Esta greve faz parte de um conjunto mais amplo de ações de luta que os TSDT estão a realizar por todo o país. Luis Dupont, presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), advertiu: “Vamos continuar a luta por instituição porque continuamos a aguardar que o Governo anuncie respostas concretas às nossas reivindicações. Caso isso não aconteça em breve, a luta vai escalar passando a ser uma luta com greves e manifestações nacionais”.
A paralisação destes profissionais de saúde destaca a crescente tensão no setor da saúde em Portugal, com diversos grupos profissionais a exigirem melhores condições de trabalho e remuneração. A situação sublinha a necessidade urgente de diálogo entre o Governo e os profissionais de saúde para encontrar soluções que garantam tanto a qualidade dos serviços de saúde como a satisfação dos profissionais do setor.
NR/PR/MMM
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