A luta por uma Estratégia Nacional de Combate à Endometriose em Portugal ganha novo fôlego com um Projeto de Lei do Bloco de Esquerda (BE), a ser discutido no Parlamento no dia 2 de outubro. A iniciativa surge mais de um ano após a rejeição de uma petição pública com objetivos semelhantes.
O projeto do BE visa assegurar medidas de diagnóstico, comparticipação de terapêuticas, preservação de fertilidade e direitos laborais para mulheres com endometriose. Estas propostas retomam pontos-chave da petição de 2022, que foi rejeitada pela então maioria parlamentar socialista.
A Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose (MulherEndo) manifestou o seu apoio ao projeto, enviando uma tomada de posição a todos os partidos com assento parlamentar. A associação também solicitou aos restantes partidos que apresentem medidas complementares, como a instituição do estatuto de doença crónica para pacientes com endometriose e/ou adenomiose e a criação de uma comissão para coordenar uma estratégia de resposta eficaz.
Susana Fonseca, Presidente da MulherEndo, expressou a urgência destas medidas, lembrando que em 2023 houve amplo apoio partidário, exceto pela maioria socialista. Ela enfatizou que, com um novo governo, não há desculpas para que o projeto não seja aprovado.
A associação reafirma seu compromisso em continuar a luta até que haja um acompanhamento digno no Serviço Nacional de Saúde para as mulheres afetadas por esta condição.
PR/HN/MMM
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