Estudo revela: Portugal tem um dos ares mais puros da Europa

16 de Outubro 2024

Um novo estudo coloca Portugal na 7ª posição entre os países europeus com melhor qualidade do ar. A investigação destaca a importância do ar limpo para a saúde pública e longevidade.

Portugal destaca-se como um dos países europeus com melhor qualidade do ar, ocupando a 7ª posição num ranking recentemente divulgado. O estudo, conduzido pela FINN, uma empresa especializada em mobilidade, avaliou o Índice de Qualidade do Ar (IQA) de vários países europeus, revelando dados surpreendentes sobre a pureza do ar no continente.
A investigação surge num momento crucial, em que estudos recentes indicam que a má qualidade do ar pode reduzir a expectativa de vida em até dois anos. Este facto sublinha a importância vital do ar limpo para a saúde e bem-estar públicos, especialmente em áreas urbanas que enfrentam desafios crescentes relacionados com a poluição.
No topo da lista encontra-se a Islândia, com um IQA impressionante de 17, seguida pela Finlândia e Estónia, ambas com um índice de 20. Portugal, com um IQA de 28, posiciona-se à frente de países como a Dinamarca e o Reino Unido, ambos com um índice de 32.
O desempenho de Portugal neste ranking é particularmente notável, considerando os desafios que o país enfrenta em termos de poluição urbana e industrial. Fatores que podem contribuir para esta classificação incluem os investimentos em energias renováveis, a implementação de políticas ambientais rigorosas e a crescente consciencialização pública sobre questões ambientais.
O estudo da FINN também se debruçou sobre a situação na Alemanha, analisando o impacto dos veículos elétricos e das zonas de baixa emissão na qualidade do ar. Os resultados mostram variações significativas entre os estados federais alemães:
A Baixa Saxônia apresenta a pior qualidade do ar entre os estados federais, com um IQA médio de 60 nas suas cidades em 2024, classificado como “moderado”.
A Renânia do Norte-Vestfália lidera em termos de zonas de baixa emissão, com 30 áreas distribuídas por várias cidades e municípios.
Hesse destaca-se com 932 novos veículos elétricos por 100.000 habitantes, demonstrando um forte compromisso com a mobilidade sustentável.
Estes dados da Alemanha oferecem insights valiosos sobre as estratégias que podem ser adotadas para melhorar a qualidade do ar em áreas urbanas densamente povoadas.
A posição de Portugal neste ranking europeu é um sinal positivo, mas também um lembrete da necessidade de continuar a investir em políticas e tecnologias que promovam a qualidade do ar. As cidades portuguesas podem beneficiar da experiência de outros países europeus, como a implementação de zonas de baixa emissão e o incentivo à adoção de veículos elétricos.
À medida que a Europa continua a sua busca por um ar mais limpo, o desempenho de Portugal serve como um exemplo encorajador. No entanto, é crucial manter e melhorar estes padrões, especialmente face aos desafios crescentes das alterações climáticas e da urbanização.
Este estudo não só destaca os países com melhor desempenho, mas também sublinha a importância de uma abordagem pan-europeia para melhorar a qualidade do ar. A colaboração entre países, a partilha de melhores práticas e o investimento contínuo em tecnologias limpas serão fundamentais para garantir um futuro com ar mais limpo para todos os europeus.

PR/HN/MMM

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