Healthnews (HN) – Que evolução mais significativa observou na área desde a fundação da SPPCV até à atual introdução deste equipamento com tecnologia 3D?
Rui Pinto (RP) – Em primeiro lugar gostaria de agradecer o convite para participar nesta entrevista e esclarecer que faço parte da 2ª geração dos cirurgiões de coluna, tendo aprendido com os pioneiros que no meu caso destacaria o Prof Dr. José Carvalho Oliveira e Prof Dr. Luis de Almeida.
Relativamente a SPPCV, da qual sou um dos fundadores, o objetivo principal que configurou a grande evolução e diferenciação desta sociedade foi a reunião de várias especialidades médicas e cirúrgicas interessadas na patologia da coluna que permitiu a todos nós evoluirmos no diagnóstico e tratamento destas lesões.
Em terceiro lugar a evolução no tratamento das lesões da coluna deve-se por um lado a evolução do conhecimento das patologias da coluna e por outro à evolução tecnológica, nomeadamente a imagem com o desenvolvimento da radiologia convencional em especial os arcos em C, a TAC e RMN, o desenvolvimento da ampliação do campo cirúrgico com a utilização de lupas e microscópio, dos instrumentais e implantes, permitindo assim desenvolver a cirurgia minimamente invasiva. Nos últimos anos, com o desenvolvimento da imagem 3D intraoperatória, a navegação e a robotização das cirurgias, estamos a obter menos complicações e melhores resultados funcionais
HN – Em termos práticos, como é que esta nova tecnologia de visualização tridimensional intraoperatória altera os procedimentos cirúrgicos em comparação com os métodos tradicionais?
RP – Desde há muito anos que utilizámos os arcos em C como apoio intraoperatório para verificarmos a redução de fraturas e colocarmos implantes, no entanto só tínhamos acesso a dois planos. Com o desenvolvimento da tecnologia do arco em C 3D, passamos a dispor intra-operatoriamente de imagens a três dimensões o que nos permite ter a certeza na redução de fraturas, em especial na pelve e coluna e da correta colocação dos implantes, uma vez que as imagens obtidas são muito semelhantes às de uma TAC
HN – Considerando a sua vasta experiência, quais são os principais benefícios que este equipamento traz para os casos mais complexos de cirurgia da coluna, nomeadamente em situações onde as técnicas convencionais apresentam maiores limitações?
RP – Como já referi a tecnologia 3D permite melhorar e controlar a nossa eficácia e segurança na colocação de implantes na coluna e na pelve
HN – De que forma esta inovação tecnológica pode contribuir para a formação de novos cirurgiões especializados em patologia da coluna e para o desenvolvimento da especialidade em Portugal?
RP- Os novos cirurgiões têm o desafio de adquirir aptidões para trabalhar com todas estas novas ferramentas, às quais se vai juntas a Inteligência Artificial de modo a conseguirem tratar os doentes e a obterem ainda melhores resultados funcionais.
HN – No contexto das cirurgias minimamente invasivas, que impacto específico prevê que esta tecnologia terá nos tempos de recuperação e nos resultados pós-operatórios dos doentes?
RP – As cirurgias minimamente invasivas são uma mais-valia para o doente pois permitem menos dor pós-operatória, menos perdas hemáticas, menor taxa de infeção, uma deambulação mais precoce e uma recuperação mais rápida, e consequentemente melhores resultados. Todos os meios, entre eles esta tecnologia 3D, permitem avançarmos nessa direção
HN – Sendo o Hospital de Santa Maria – Porto o primeiro na Península Ibérica a dispor deste equipamento, que papel antevê para esta unidade hospitalar no desenvolvimento e disseminação desta tecnologia a nível nacional e ibérico?
RP – O Hospital de Santa Maria-Porto com mais de um século de existência continua a investir na modernização e evolução tecnológica. Para o nosso Hospital a aquisição do Arco em C 3D e não só para Ortopedia e Cirurgia de coluna, mas também para outras especialidades que utilizam imagem intra-operatórias, foi sem dúvida uma tecnologia que nos garante uma melhoria de qualidade em prol da segurança e menor risco que oferecemos aos nossos doentes Em entrevista exclusiva ao Healthnews, o Dr. Rui Pinto, um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Patologia de Coluna, destaca a revolução na cirurgia da coluna com a introdução da tecnologia 3D no Hospital de Santa Maria – Porto, primeira unidade na Península Ibérica a dispor deste equipamento inovador.
Healthnews (HN) – Que evolução mais significativa observou na área desde a fundação da SPPCV até à atual introdução deste equipamento com tecnologia 3D?
Rui Pinto (RP) – Em primeiro lugar gostaria de agradecer o convite para participar nesta entrevista e esclarecer que faço parte da 2ª geração dos cirurgiões de coluna, tendo aprendido com os pioneiros que no meu caso destacaria o Prof Dr. José Carvalho Oliveira e Prof Dr. Luis de Almeida.
Relativamente a SPPCV, da qual sou um dos fundadores, o objetivo principal que configurou a grande evolução e diferenciação desta sociedade foi a reunião de várias especialidades médicas e cirúrgicas interessadas na patologia da coluna que permitiu a todos nós evoluirmos no diagnóstico e tratamento destas lesões.
Em terceiro lugar a evolução no tratamento das lesões da coluna deve-se por um lado a evolução do conhecimento das patologias da coluna e por outro à evolução tecnológica, nomeadamente a imagem com o desenvolvimento da radiologia convencional em especial os arcos em C, a TAC e RMN, o desenvolvimento da ampliação do campo cirúrgico com a utilização de lupas e microscópio, dos instrumentais e implantes, permitindo assim desenvolver a cirurgia minimamente invasiva. Nos últimos anos, com o desenvolvimento da imagem 3D intraoperatória, a navegação e a robotização das cirurgias, estamos a obter menos complicações e melhores resultados funcionais
HN – Em termos práticos, como é que esta nova tecnologia de visualização tridimensional intraoperatória altera os procedimentos cirúrgicos em comparação com os métodos tradicionais?
RP – Desde há muito anos que utilizámos os arcos em C como apoio intraoperatório para verificarmos a redução de fraturas e colocarmos implantes, no entanto só tínhamos acesso a dois planos. Com o desenvolvimento da tecnologia do arco em C 3D, passamos a dispor intra-operatoriamente de imagens a três dimensões o que nos permite ter a certeza na redução de fraturas, em especial na pelve e coluna e da correta colocação dos implantes, uma vez que as imagens obtidas são muito semelhantes às de umaTAC
HN – Considerando a sua vasta experiência, quais são os principais benefícios que este equipamento traz para os casos mais complexos de cirurgia da coluna, nomeadamente em situações onde as técnicas convencionais apresentam maiores limitações?
RP – Como já referi a tecnologia 3D permite melhorar e controlar a nossa eficácia e segurança na colocação de implantes na coluna e na pelve
HN – De que forma esta inovação tecnológica pode contribuir para a formação de novos cirurgiões especializados em patologia da coluna e para o desenvolvimento da especialidade em Portugal?
RP- Os novos cirurgiões têm o desafio de adquirir aptidões para trabalhar com todas estas novas ferramentas, às quais se vai juntas a Inteligência Artificial de modo a conseguirem tratar os doentes e a obterem ainda melhores resultados funcionais.
HN – No contexto das cirurgias minimamente invasivas, que impacto específico prevê que esta tecnologia terá nos tempos de recuperação e nos resultados pós-operatórios dos doentes?
RP – As cirurgias minimamente invasivas são uma mais-valia para o doente pois permitem menos dor pós-operatória, menos perdas hemáticas, menor taxa de infeção, uma deambulação mais precoce e uma recuperação mais rápida, e consequentemente melhores resultados. Todos os meios, entre eles esta tecnologia 3D, permitem avançarmos nessa direção
HN – Sendo o Hospital de Santa Maria – Porto o primeiro na Península Ibérica a dispor deste equipamento, que papel antevê para esta unidade hospitalar no desenvolvimento e disseminação desta tecnologia a nível nacional e ibérico?
RP – O Hospital de Santa Maria-Porto com mais de um século de existência continua a investir na modernização e evolução tecnológica. Para o nosso Hospital a aquisição do Arco em C 3D e não só para Ortopedia e Cirurgia de coluna, mas também para outras especialidades que utilizam imagem intra-operatórias, foi sem dúvida uma tecnologia que nos garante uma melhoria de qualidade
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