Em comunicado enviado à redação da HealthNews, a FNAM lamentou as vítimas e as suas famílias, sublinhando que a Ministra da Saúde deveria ter ouvido os alertas dos profissionais de saúde antes que a situação se tornasse tão trágica.
De acordo com a FNAM, em 2024, mais de 40 partos ocorreram dentro de ambulâncias, refletindo as crescentes dificuldades no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). A organização criticou a falta de investimento em recursos humanos e materiais na na emergência pré-hospitalar, afirmando que, apesar da excelência dos serviços prestados, os profissionais têm enfrentado constrangimentos significativos.
A Ministra Ana Paula Martins, que anteriormente não se mostrava disponível para negociar com o sindicato do setor, comprometeu agora a iniciar conversações. Contudo, a FNAM argumenta que essa disponibilidade deveria ter sido demonstrada antes, a fim de prevenir as tragédias que ocorreram.
O comunicado da FNAM destaca que Portugal gozava de excelentes indicadores de desempenho na na emergência pré-hospitalar e nos cuidados de saúde materno-infantil, mas alerta que a atual falta de competência na liderança do SNS coloca em risco esses resultados, que foram alcançados ao longo de décadas.
A FNAM exige uma negociação séria com os médicos e demais profissionais de saúde, apelando para que não sejam implementadas apenas medidas de contingência motivadas pela pressão mediática.
A organização defende que as propostas dos profissionais de saúde, que têm repetidamente demonstrado ser portadores de soluções eficazes, devem ser levadas em consideração para a recuperação do SNS.
AL/HN
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