Nova Presidência da ANEM reclama Inventário Nacional de Profissionais de Saúde

18 de Dezembro 2024

Paulo Simões Peres, estudante do 6º ano do Mestrado Integrado de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) acaba de assumir a Presidência da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) para o mandato de 2025 e anunciou, como uma das grandes prioridades do próximo ano, a concretização do planeamento de recursos humanos em Saúde, para o qual é fundamental o Inventário Nacional de Profissionais de Saúde.

Assim, a Associação lançou uma petição que já reuniu cerca de 2500 assinaturas em prol da realização urgente do referido Inventário. O manifesto vai ser entregue pelos estudantes numa reunião interministerial que a Associação pretende agendar com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação e o Ministério da Saúde.

“O Inventário Nacional de Profissionais de Saúde continua por realizar desde 2015 – apesar do apoio de 300 milhões de euros, contemplado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para a sua execução -, o que significa que as decisões em saúde não estão fundamentadas em evidências e não podem, por isso, ser adequadas às necessidades ou impulsionadoras de uma prestação de cuidados de saúde de qualidade”, afirma Paulo Simões Peres.

O estudo, há muito reclamado pelos stakeholders da Saúde, permitirá conhecer o número de estudantes em formação e locais; o número de profissionais de saúde por especialidade, contrato de trabalho e local de trabalho; o número de profissionais com horário de trabalho partilhado com outros estabelecimentos de saúde e respetivo número de horas; o número de profissionais com horário de trabalho partilhado com estabelecimento de ensino superior,  centros de investigação ou equivalente e respetivo número de horas, bem como o número de internos em formação por serviço e por local.

A nova Presidência da ANEM quer contribuir para a criação das melhores soluções para a Saúde e defende que os jovens devem ser incluídos nos processos de decisão, nos fóruns internacionais e nacionais, nomeadamente no que diz respeito à Medicina. “É essencial que as nossas vozes sejam ouvidas e que seja possível, através de uma abordagem pragmática, inovadora e colaborativa, alcançar os consensos que permitem garantir o nosso futuro através de um presente bem planeado”, sublinhou o novo presidente da ANEM.

A cerimónia de tomada de posse da nova liderança da federação teve lugar, no dia 15 de dezembro, na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.  A Paulo Simões Peres, que era vice-presidente e representante internacional da direção cessante da ANEM, juntou-se na atual Vice-Presidência para a Estratégia Política e Federações Nacionais da associação, Maria Fontão, e, nos órgãos sociais, um grupo de cerca de duas dezenas de estudantes, representantes de todas as escolas médicas públicas do país.

NR/PR/HN

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