“O conselho de administração [da ULS de Coimbra] decidiu equiparar as condições de estacionamento dos trabalhadores do Hospital Pediátrico às dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), cessando o pagamento pelo uso do espaço externo do Hospital Pediátrico”, indicou.

Numa nota de imprensa enviada esta tarde à agência Lusa, a ULS de Coimbra revela que a decisão foi tomada depois de ter reunido na segunda-feira com os sindicatos representantes dos trabalhadores, “num diálogo aberto e construtivo sobre o plano de mobilidade em curso e as suas implicações”.

“Esta medida foi implementada desde a manhã de hoje, reforçando o compromisso de garantir condições justas e equitativas para todos os nossos profissionais”, acrescentou.

Segundo o conselho de administração da ULS de Coimbra, a transição, que “será feita de forma faseada”, permitirá que “os trabalhadores tenham tempo para se adaptar às novas realidades de transporte, com opções de estacionamento adicionais e sistemas de avença acessíveis a serem disponibilizadas”.

“Reconhecendo as preocupações levantadas, foi agendada uma nova reunião para o próximo dia 27 de dezembro, com o objetivo de avaliar soluções que melhorem a acessibilidade e promovam alternativas sustentáveis”, informou.

Nessa ocasião, serão discutidos “potenciais incentivos à utilização de transportes públicos, melhorias nas suas condições de oferta”, bem como “a definição de critérios claros e objetivos para o acesso a parques de estacionamento dedicados”.

Um cordão humano com cerca de um quilómetro uniu hoje o Hospital Pediátrico e os Hospitais da Universidade de Coimbra em protesto contra o pagamento de estacionamento dentro do perímetro daquelas unidades hospitalares.

Convocado por seis estruturas sindicais, a iniciativa envolveu esta tarde dezenas de funcionários hospitalares, entre auxiliares, enfermeiros e médicos, exigindo “parqueamento automóvel gratuito! Já!”.

Na nota enviada aos jornalistas, o Conselho de Administração da ULS de Coimbra sublinhou ainda que a regulação do estacionamento é uma necessidade premente, há muito identificada, mas sistematicamente adiada ao longo dos anos.

“Esta regularização assume ainda maior importância no contexto da construção da nova Maternidade de Coimbra. Embora esta infraestrutura essencial venha a contar com estacionamento subterrâneo, o processo de construção e a ocupação do espaço pelo estaleiro irão inevitavelmente pressionar ainda mais o já limitado estacionamento existente”, apontou.

LUSA/HN