Estudo: 6 segundos em silêncio são o suficiente para constranger um português

23 de Janeiro 2025

Pesquisa da Preply mostra que 72% dos portugueses se sentem desconfortáveis com pausas inesperadas durante conversas. Apenas 6,6 segundos de silêncio são suficientes para causar constrangimento.

Um estudo recente realizado pela Preply, plataforma de aprendizagem de idiomas, revelou que os portugueses estão entre as nacionalidades que pior lidam com silêncios constrangedores durante conversas. A pesquisa, que envolveu 26.719 pessoas de 21 países, incluindo cerca de mil participantes em Portugal, colocou os portugueses na sexta posição entre as populações que se sentem mais desconfortáveis com pausas inesperadas durante interações sociais..
De acordo com os resultados, 72% dos inquiridos em Portugal admitem sentir algum incómodo quando precisam de ficar calados durante uma interação. Este número é semelhante ao observado em países como a Polónia (71%), Suécia (73%) e Países Baixos (71%).
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Um dado particularmente interessante é o limiar de tolerância ao silêncio dos portugueses. O estudo indica que apenas 6,6 segundos de silêncio são suficientes para causar desconforto durante uma conversa em Portugal. Este valor é consideravelmente inferior ao observado em outros países, como o Reino Unido (7,1 segundos) e o Japão (7,8 segundos).
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A pesquisa também revelou diferenças na perceção do silêncio entre géneros e gerações. As mulheres portuguesas demonstraram-se ligeiramente mais incomodadas com os “momentos constrangedores” durante conversas do que os homens. Quanto às faixas etárias, 60% dos representantes da geração Z admitiram sentir-se incomodados com o silêncio ao falar em público, em comparação com 35,9% dos baby boomers.
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O estudo identificou ainda as situações que tendem a gerar os piores silêncios para os portugueses. Os primeiros encontros amorosos (35,2%), falar em público (33,3%) e discussões com o parceiro (25,1%) foram apontados como os momentos mais propensos a gerar desconforto. No ambiente profissional, as reuniões de trabalho presenciais (20,9%), alinhamentos à distância (13%) e outras comunicações online (10,8%) também foram mencionadas como ocasiões propícias a silêncios constrangedores.
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Curiosamente, os inquiridos indicaram que a frequência das pausas constrangedoras é consideravelmente maior nas conversas com os seus chefes do que com outros grupos sociais, como parentes distantes (34,6%), sogros (15,6%) ou amigos (8,3%).

 

PR/HN/MM

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