No Dia Internacional da Criança com Cancro, celebrado a 15 de fevereiro, o Blog da Medicare ‘Mais Saúde’ destaca a importância da informação rigorosa na prevenção e combate ao cancro infantil. Um dos temas em foco é a possível relação entre o pó de talco, frequentemente utilizado em crianças, e o desenvolvimento de cancro.
O talco, um mineral composto por magnésio, silício e oxigénio, tem sido utilizado durante décadas para manter a pele seca e prevenir irritações cutâneas. No entanto, a sua segurança tem sido questionada, principalmente devido à possibilidade de conter amianto, uma substância potencialmente cancerígena quando inalada.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro (IARC), pertencente à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o pó de talco como potencialmente cancerígeno quando aplicado na região genital feminina, sugerindo uma possível associação com o cancro do ovário.
Investigações têm sido realizadas para explorar a relação entre o pó de talco e outros tipos de cancro. Alguns estudos indicam uma possível ligação com o cancro do endométrio, especialmente após a menopausa, embora os resultados não sejam conclusivos. Uma análise de 2021 não encontrou associação relevante com o cancro do colo do útero.
Quanto ao cancro do pulmão, a principal preocupação recai sobre trabalhadores expostos à inalação de partículas de talco contendo amianto, embora não existam evidências claras de risco aumentado para consumidores que utilizam pó de talco cosmético. No que diz respeito ao cancro da mama, os estudos disponíveis não sugerem qualquer relação com o uso deste produto.
Apesar das incertezas, os estudos científicos não são definitivos, e a comunidade médica continua a investigar os possíveis efeitos do pó de talco na saúde. Neste Dia Internacional da Criança com Cancro, destaca-se a importância da investigação científica e do acesso a informação fidedigna.
PR/HN/MM
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