Legenda da imagem: A professora Anne Haugland Balsnes dirige três coros. Aqui está o coro da Universidade de Agder. Foto: Kristin Marie Skaar / UiA.
Cantar é muito mais do que uma simples atividade de lazer. Um estudo recente conduzido pela Professora Anne Haugland Balsnes, da Universidade de Agder, revela que o ato de cantar tem benefícios significativos para a saúde física e mental, além de desempenhar um papel crucial na educação e na coesão social.
Benefícios para a Saúde
A investigação demonstra que cantar liberta hormonas associadas à felicidade, reduz as hormonas do stress e fortalece músculos e ossos. Além disso, melhora a postura, seja num coro, na escola ou até mesmo no duche. O impacto positivo do canto não se limita apenas a quem canta; ouvir alguém a cantar também pode induzir sensações de bem-estar nos ouvintes.
Importância na Educação
A Professora Balsnes enfatiza o papel do canto na aprendizagem. Cantar pode ser utilizado como uma ferramenta eficaz para melhorar as competências linguísticas e a concentração dos alunos. Por exemplo, cantar as tabuadas ou músicas sobre a comunidade pode facilitar a memorização e compreensão de conceitos. No entanto, a investigadora nota com preocupação que o canto tem vindo a perder espaço nas escolas, em parte devido à falta de formação dos professores nesta área.
Canto e Comunidade
O estudo sublinha a importância do canto como elemento unificador na sociedade. Desde jogos de futebol a celebrações religiosas, passando pelo Dia da Constituição, o canto desempenha um papel fundamental na criação de laços comunitários e na preservação de tradições culturais.
Benefícios para Grupos Específicos
A investigação da Professora Balsnes também explorou os benefícios do canto para grupos específicos, como pessoas com doenças crónicas, refugiados e idosos. Para muitos, participar num coro proporciona um sentido de pertença, combate a solidão e oferece uma experiência revitalizante.
Canto e Demência
Um aspeto particularmente interessante do estudo é a relação entre o canto e a demência. A parte do cérebro onde as canções são armazenadas não é afetada pela demência, permitindo que as pessoas com esta condição recordem músicas aprendidas antes do início da doença. Este facto sublinha a importância de cultivar o hábito de cantar desde cedo na vida.
A Professora Balsnes conclui incentivando as pessoas de todas as idades a incorporarem mais canto nas suas vidas diárias, seja em casa, na escola ou na comunidade. O seu estudo serve como um lembrete poderoso de que cantar não é apenas uma atividade agradável, mas uma necessidade vital para o nosso bem-estar físico, mental e social.
NR/HN/Alphagalileo
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