A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) assinala o seu 84º aniversário com importantes conquistas no combate ao cancro em Portugal. Entre as iniciativas destacadas está o início do rastreio alargado do cancro da mama, que passa a abranger mulheres dos 45 aos 74 anos. Este novo modelo representa um investimento de cerca de 10 milhões de euros e inclui a aquisição de equipamentos modernos e a contratação de técnicos especializados. A expectativa é rastrear cerca de 1,5 milhão de mulheres em três anos, aumentando a deteção precoce e reduzindo a mortalidade associada à doença.

Simultaneamente, a LPCC celebra uma decisão recente do Supremo Tribunal Administrativo (STA), que reafirma o direito dos doentes oncológicos ao reconhecimento do grau de incapacidade para efeitos fiscais. A decisão beneficia diretamente os contribuintes com doenças oncológicas e reforça a posição defendida pela Liga desde 2019. Este avanço jurídico sublinha a importância do respeito pelos direitos das pessoas com incapacidade e alerta para a necessidade de maior rigor na aplicação das leis fiscais.

O programa alargado de rastreio reflete um compromisso contínuo com a saúde pública e a prevenção do cancro. Com base em normas atualizadas da Direção-Geral da Saúde, as mulheres elegíveis são convidadas por carta ou SMS para realizar mamografias gratuitas em unidades móveis ou fixas. Este esforço é crucial num país onde se registam anualmente cerca de 9.000 novos casos de cancro da mama e mais de 2.000 mortes relacionadas.

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